Princesa Diana ainda é ponto alto na 5ª temporada de The Crown 5u1m4y
Com atuações excelêntes e roteiro elegante, série chega à sua 5ª temporada como uma das melhores da atualidade 175r1e
The Crown chegou em sua quinta temporada reafirmando que é uma das melhores séries da atualidade, seja pela excelente reconstituição de época, roteiro ou direção impecáveis, mas, principalmente pelo seu elenco. Quem é fã da série, sabe que a troca de atores é um dos principais desafios que a série se impôs, desde a sua primeira temporada. E, nesta nova leva de episódios coube a atriz Elizabeth Debicki (Tenet, O Conto) interpretar a princesa Diana, uma tarefa nada fácil após o excelente trabalho de Ema Corrin (My Policeman) que arrasou vivendo Diana na juventude; mas, Debick não deixa a desejar.
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Como a sua antecessora, a atriz capta todos os trejeitos, o olhar tímido, o misto de elegância e humildade que fizeram de Diana, um fenômeno de popularidade e iração pelo mundo todo. A Diana de Debick é tão magnética que se torna o ponto alto da nova leva de episódios de The Crown, que assim como nas temporadas anteriores, oferece uma aula de história e sintetiza alguns dos “bafos” da família real britânica – muitos deles, relacionados a própria Diana.
Debick transmite a dor de uma mulher negligenciada pelos pais, desprezada pelo marido e sua família, e que é diariamente assediada pela imprensa – a conduta do jornalista Martin Bashir (Prasanna Puwanarajah) no episódio que reproduz a polêmica entrevista de Diana a BBC é um festival de antiética jornalistica. The Crown, mais uma vez, nos brinda com um enredo complexo e interessante, rememorando episódios emblemáticos da história britânica, mas, no final das contas, são os momentos em que Diana está em cena que realmente tocam fundo. Mas, Elizabeth Debicki não é a única que dá uma show de atuação nesta quinta temporada.
Escolher a “nata” do cinema britânico continua ajudando a alçar The Crown, um patamar acima das outras séries da atualidade. Se na quarta temporada Ema Corrin tinha como concorrente, no quesito perfomance, a também excelente Gillian Anderson (Sex Education, Arquivo X), agora, quem rivaliza com a Diana de Debicki é Dominic West(The Ware) que vive o príncipe Charles na idade adulta.
Desde o primeiro minuto em cena, West, domina o personagem. A série não esconde o quão mimado é Charles, mas a interpretação do ator escapa de qualquer clichê, e o torna mais tolerável, uma figura cujos os gostos e discursos dão sono em qualquer pessoa de tão enfadonhos que são.
Completam o time de astros Jonathan Pryce (Dois Papas, Game Of Thrones) como o príncipe Philip; Lesley Manville (Trama Fantasma) como princesa Charlote e, claro, Imelda Stauton como a nova Elizabeth II. Imelda sabe como equilibrar a sobriedade que sua personagem exige, apesar de não ter nenhum grande momento nesta quinta leva de episódios. Olivia Williams (Camilla Parker Bowles), Salim Daw (Mohamed Al Fayed) e Khalid Abdalla (Dodi Al Fayed) completam a lista de atores, que dentre os muitos coadjuvantes perfeitos da série, roubam a cena graças, ao roteiro sempre elegante e inteligente de Peter Morgan.
Literalmente, um especialista em família real britânica, Morgam costura com maestria fatos reais com ficção, ao mesmo tempo em que traça paralelos entre os seus personagens e os elementos de cada episódio – não há como não relacionar a adiada aposentadoria do navio real Britannia com a de sua dona, Elizabeth. A fotografia e o figurino sãos as “cerejas do bolo” que é o primor técnico de The Crown, que assim como suas quatro temporadas anteriores tem tudo para se destacar nos principais prêmios da temporada.
“Galinha dos ovos de ouro” da Netflix quando o assunto é reconhecimento do público e crítica, The Crown acumula mais de 30 prêmios, dentre eles seis Emmys e quatro Globos de Ouro nas categorias de série dramática e atuação.
