Irandhir Santos comenta retorno em "Pantanal" na pele de José Lucas de Nada 3z365
O ator interpretou o pai de José Leôncio, Joventino, na primeira fase da novela 1o5549
Para quem está por dentro de “Pantanal”, sabe que o ator Irandhir Santos interpretou Joventino, pai de José Leôncio na primeira fase da novela, e acabou desaparecendo no bioma após aprender a maior lição de sua vida: conquistar um marruá com feitiço, e não no laço. Agora, o ator comenta sobre o seu retorno na trama, na pele de José Lucas de Nada, programado para acontecer neste sábado, 14 de maio.

“‘Pantanal’, para mim, tem um resgate de memória afetiva muito grande. A história esteve comigo desde criança. É uma grande história de aventura, redenção, de uma fraternidade entre pai e filho que são para mim os grandes ganhos dessa trama (…) dentro de um bioma incrível que é o Pantanal”.
Irandhir Santos
Apesar do primeiro papel, o do Joventino, ficar pouco tempo na novela, ele não deixa de ser fundamental para a história. Sobre ele, o ator tem grande iração.
“É um daqueles personagens únicos. É o fundador da casa, de toda a história que vai ser contada. É o alicerce de alguns sentimentos e valores que serão perpetuados nos personagens que vêm depois, como seu filho José Leôncio e seu neto, Jove”, afirma para a imprensa.
“O curioso é que nesse pequeno trajeto que fiz no início da novela, antes de jogar a bola para o grande Osmar Prado, percebi que esse convite é realizado no tranco. Joventino é convidado, mesmo sem saber, a viver no Pantanal, numa região que não pertence a ele. Mal sabe ele que está sendo enredado para ser um grande defensor daquele espaço”, completa o ator.
Convite para estar em “Pantanal” 343ug
Irandhir também contou como foi o convite para participar do elenco de “Pantanal”, e revela que esse não foi o primeiro encontro com uma obra de Benedito Ruy Barbosa.
“Eu tenho a sensação que o Benedito já está me convidando há muito tempo (…) quando eu assistia às novelas, e ela se perpetuou na minha formação como ator, quando eu via mais projetos. Das quatro novelas que fiz na minha vida, três eram do Benedito: ‘Meu Pedacinho de Chão’, ‘Velho Chico’ e ‘Pantanal’”, detalhou.
Por isso, estar nesta segunda versão do sucesso de 1990 é muito especial para Irandhir. “Pensei: ‘eu quero. Eu quero encarar a feitura de fazer ‘Pantanal’, através de um resgate de uma criação. ‘Pantanal tem sido criar. Nunca vou deixar de criar as coisas que quero fazer. E, em paralelo a isso, tenho um reconhecimento, uma homenagem do que essa história já foi”, enfatiza.

Pisando em solo pantaneiro 2q5o1c
Sobre o bioma, o ator pôde conhecê-lo graças a novela. “É um pedaço do Brasil que eu não conhecia. Quando eu ligava a televisão e assistia à novela, o local entrava na minha casa. Foi tudo muito novo, a maneira como era interpretado, as lentes abertas mostrando toda a iluminação… Deu vontade de entrar nessa história, de pertencer desde aquele momento”, disse.
“Agora, 30 anos depois, ir para o Pantanal, pisar e olhar tem uma sensação de ‘eu já estive aqui’. Já estive como espectador, mas foi tão próxima a experiência que tem um sentimento de pertencimento. Foi marcante para essa nova versão”, aponta.
Sela de prata 664a2s
Uma curiosidade compartilhada por Irandhir à reportagem tem a ver com a tal “sela de prata”, pertencente ao pai amado de José Leôncio.
“A sela que a equipe de produção de arte fez é de um encantamento tão absurdo que, para mim, como ator, encontrar aquele objeto todos os dias era querer de alguma forma trazer ele para a cena”, relembra.
Por fim, o ator recorda-se de uma cena marcante da novela. “(…) estava ele [Joventino] com ele mesmo no terraço da fazenda. E eu disse: ‘Não, essa sela tem que estar ali’. E esteve. Ele fala tudo para aquele objeto, que fica impregnado com as memórias desse personagem. A sela de prata foi um objeto que, para mim, como ator, me moveu bastante”, finaliza.
José Lucas de Nada 4o5e4u
O personagem de Irandhir nesta segunda fase de “Pantanal”, o José Lucas de Nada, é fruto de uma relação de José Leôncio jovem com uma prostituta. Já o sobrenome, “De Nada”, é devido ao fato dele ter um pai desconhecido.
José Lucas de Nada acabou sendo criado pela mãe, avó e peões que pousavam pela currutela onde as duas mulheres trabalhavam. Então, foi com os homens rústicos que o rapaz aprendeu o ofício de peão, saindo em companhia deles para o mundo, porém, como caminhoneiro.

Em uma das primeiras cenas, o rapaz é assaltado. Os bandidos levam embora sua carga e caminhão, que estava sem seguro. Mas Jacutinga (Glaucia Rodrigues), a quem chama de avó, é quem o acolhe.
E José Lucas de Nada está determinado a recuperar seu caminhão, custe o que custar. Mal sabe ele que encontrará muito mais do que isso… E é nesta busca que o leva ao Pantanal, cruzando o caminho de seu pai, José Leôncio.