Cortina de fumaça e secura tornam ar em MS 25 vezes mais poluído 6b338

Durante períodos de seca, há uma maior introdução de poluentes na camada baixa da atmosfera, agravando a situação da qualidade do ar. 11204x

A qualidade do ar em todo Mato Grosso do Sul enfrenta um colapso alarmante, com índices de poluição preocupante, impulsionados por queimadas em todo o Brasil.

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Campo Grande, por exemplo, amanheceu nesta sexta-feira (13) tomada por uma cortina de fumaça em toda cidade. Situação preocupa a população, já que o tempo seco não tem ajudado. 

Na região de Corumbá, vizinha da Bolívia, a “Capital do Pantanal”, apresenta um ar 25 vezes mais poluído do que os limites recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Fumaça apareceu cedo em Campo Grande (Foto: Magno Lemes)
Fumaça apareceu cedo em Campo Grande (Foto: Magno Lemes)

A empresa suíça IQAir, especializada em monitoramento da qualidade do ar, acompanha a situação de seis diferentes cidades.

Dentre elas, Aparecida do Taboado é a única que se encontra em uma situação menos grave, com o ar classificado como “insalubre para grupos sensíveis”. Já as demais cidades estão em condições alarmantes:

Campo Grande: O ar está insalubre, com níveis de poluição quase 20 vezes superiores ao recomendado pela OMS.

Costa Rica: O ar está insalubre, com poluição quase 21 vezes acima do limite recomendado pela OMS.

Dourados: O ar está insalubre, com concentração de poluentes 19 vezes maior que o aconselhado pela OMS.

Ponta Porã: O ar está insalubre, com níveis de poluição quase 19 vezes acima do recomendável pela OMS.

Corumbá: O ar está insalubre, com poluição 25 vezes acima do limite recomendado pela OMS.

Céu de Campo Grande amanheceu coberto por fumaça; sol quase não apareceu (Foto: Magno Lemes)
Céu de Campo Grande amanheceu coberto por fumaça; sol quase não apareceu (Foto: Magno Lemes)

A IQAir realiza o monitoramento da qualidade do ar em diversas cidades ao redor do mundo por meio de satélites, avaliando a concentração de partículas poluentes. Essas partículas podem ter diversas origens, como a queima de combustíveis fósseis, queimadas e incêndios florestais.

Durante períodos de seca, há uma maior introdução de poluentes na camada baixa da atmosfera, agravando a situação da qualidade do ar.

Além disso, 32 das 79 cidades do estado registraram novos focos de incêndio recentemente. Só nas últimas 48 horas, cerca de 454 pontos de calor estavam ativos. 

Moradores de Corumbá e Ladário têm lidado diariamente com a densa névoa tóxica, apresentando sintomas como dificuldade para respirar e ardência nos olhos. 

“O clima aqui está bem difícil de aguentar, sem a máscara, na verdade. A gente já está sentindo um incômodo, um peso na respiração, e tentando usar máscara para dar uma amenizada”, relata o designer gráfico, Caetano Correia.

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Corumbá é uma das cidades de MS quem mais sofre com fumaça (Foto: Jaderson Moreira)

As autoridades locais já adotaram medidas emergenciais, como a suspensão das aulas e orientações para evitar atividades ao ar livre.

Na capital, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) elaborou no ano ado um plano de contingência para enfrentar ondas de calor e secura, distribuído às redes de saúde pública e privada.

Segundo o governo do estado, o calor intenso e o tempo seco em Mato Grosso do Sul têm se tornado comuns, trazendo riscos à saúde, como doenças respiratórias e de pele. Grupos vulneráveis, como idosos e crianças, são mais afetados. Além disso, a fumaça das queimadas agrava a situação, especialmente para quem já tem doenças crônicas. Recomenda-se beber líquidos, evitar o sol e tomar medidas para manter a umidade do ar. As condições climáticas também aumentam o risco de incêndios florestais, que devem persistir nos próximos meses.

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Cidade coberta por fumaça (Neblina causada pelo fogo (Foto: Monica Luchner)

Além disso, será realizada uma campanha de conscientização dos cuidados com a saúde em virtude do tempo seco, bem como da incidência de queimadas que assolam o país nessa época do ano.

O plano orienta sobre medidas para minimizar os efeitos do calor e secura, manejo de pacientes e proteção dos servidores.

Especialistas alertam para os riscos à saúde e recomendam cuidados rigorosos, como o uso de máscaras especializadas e a constante hidratação. 

A previsão é de um leve alívio a partir do próximo domingo (15), mas a situação atual é crítica e demandará atenção urgente.

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