Em 48h, é possível criar game digital e até tabuleiro cheio de estilo em desafio internacional 125s31
Desenvolver um jogo em 48h dias parece uma missão impossível, mas para os participantes do Global Game Jam MS 2022, é a oportunidade perfeita de colocar em prática novas ideias e aptidões.
Na lista de participantes – 35 no total – tem de tudo um pouco. Designers, publicitários, estudantes de música, mas principalmente, apaixonados por games, que querem aprender um pouco como funciona esse universo. Por conta da pandemia da covid-19, nem todo mundo estava presencialmente no local, mas os grupos de WhatsApp e a transmissão ao vivo ajudou a sanar a distância física.
Para um dos coordenadores do evento, Flávio Domeniche, analista de startup do Living Lab, o grande diferencial do evento é ser internacional, o que possibilita a integração entre participantes de várias partes do mundo.
“É uma maratona de três dias internacional, em que cada país, cada região, solicita participar do evento. Então, aqui em MS, a gente solicitou, mas devem ter 2 mil Jams acontecendo nesse mês de janeiro. Tem muitas inclusive nesse final de semana, que é o mais comum”, explica.
Cada maratona tem um tema. Nesta, os participantes deveriam desenvolver um jogo que trouxesse uma dualidade, como dia e noite. “Os participantes se juntam em grupo e tentam criar um jogo sobre esse tema. Os realizadores também colocam uns indicadores a mais, como se fosse desafios para a criação desse jogo. Vale lembrar que não é uma competição, é uma colaboração. A ideia é que as pessoas tenham essa experiência de criar jogos, para analisar o desempenho ou ver se gosta da área”, ressalta.
É o caso do Diogo da Luz Deves, 23 anos, que estuda música e produção fonográfica em Tatuí, São Paulo, mas decidiu colaborar com a criação de um jogo digital durante as férias em Campo Grande, a terra natal. Para unir as duas áreas, a função dele foi organizar a trilha sonora e a sonoplastia da produção. Quem diria que um simples jogo de nave desviando de meteoros pode conter músicas de Louis Armstrong – lenda do Jazz – e ruídos de garrafa e impressora 3D?
Saiba mais sobre o processo no vídeo:
“Eu optei por usar as músicas do Louis Armstrong, lá de 1923. Foram as primeiras gravações deles. O processo de criação dos efeitos sonoros nós fizemos a captação toda nesse ambiente. Então, chegamos perto da máquina de impressora 3D, com microfone e captamos alguns ruídos, fizemos o som no piano, soprando a garrafa. Depois juntei tudo isso dentro do software de áudio, dei uma colada nesses sons e criei sons novos que podem remeter ao espaço”, conta.
Game das antigas 3q711t

Outro diferencial deste ano é a possibilidade de criar jogos de tabuleiro. Como o Living Lab tem as máquinas necessárias para o processo, o grupo participou do desafio. Tudo foi feito do zero, inclusive a história, o design e as peças.
“Por conta do laboratório de inovação do Sebrae, laboratório de prototipagem, a gente conseguiu fazer um desafio novo, que nem todas as Jams tem, que é a construção dos jogos de tabuleiro. Tivemos essa oportunidade. Pensamos em um jogo simples, com características inspiradas em RPG, fantasia, mundo aberto, com um pouco de jogos criados no âmbito digital”, frisa Flávio, responsável pela idealização do jogo.