VÍDEO: antes de serem baleados, moradores de rua seguiram policial penal 59585y
Imagens de câmeras de segurança da Avenida Afonso Pena registraram o momento em que dois moradores de rua foram baleados na noite de sábado, dia 27 de agosto, por um policial penal federal. No vídeo as duas vítimas seguem a família do autor dos disparos, que mora apenas há dois meses em Campo Grande.
Eram pouco mais de 22 horas quando o crime aconteceu. Na gravação é possível ver o policial e outras três pessoas andando no canteiro da avenida, próximo a estátua do poeta Manoel de Barros. Logo atrás aparecem dois homens – um deles está sem camisa e o outro de calça preta e camiseta clara.
No vídeo não dá para entender o que os homens falam, mas em depoimento, o policial penal afirmou que foi ameaçado: “por que está me olhando ai! Vai encarar! Eu te mato! Vou pegar minha faca”, teria dito o morador de rua. Os dois saem da imagem por alguns segundos, mas logo aparecem novamente.
O suspeito sem camiseta, anda em direção a família, gesticula bastante e levanta as mãos, como se gritasse para o grupo que havia acabado de ar. E nesse momento em que os disparos acontecem.
Enquanto o homem gesticula, o policial para e vira para ele, já com arma em mão. Foram pelo menos dois tiros. Os dois suspeitos levam a mão no tórax e se afastam, andando normalmente, cada um para uma direção. Um dos suspeitos atravessa a rua e se aproxima da câmera de segurança. Nesse ponto do vídeo, é fácil notar algo parecido com uma faca em suas mãos.
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Os dois homens foram socorridos por pessoas que avam pela região e foram levados até a Santa Casa de Campo Grande. Eles foram identificados como Leonardo Rodrigues Braga e Anderson Louis de Meneses Gomes.
Leandro, deu entrada no hospital com um ferimento no abdômen. Ele ou por cirurgia e está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sedado e intubado, mas estável no momento. Anderson também está na UTI em estado grave, sedado e intubado, em observação clínica rigorosa.
Outra versão 671u2p

Depois dos tiros, o policial penal federal foi até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro para explicar a situação. Nas palavras dele, a família tirava fotos na estatuá do poeta, mas quando começou a andar, foi seguida pelos dois homens, que pediram atenção deles. Como não deram atenção, foram ameaçados.
Depois de gritar ameaças de morte, um dos suspeitos teria atravessado a avenida para pegar algo atrás de um veículo. Voltou com uma faca na mão e foi nesse momento, preocupado com a segurança da família, que ele sacou a arma. Na delegacia, o homem afirmou ter se identificado como policial por três vezes, mas como o morador de rua continuou vindo em sua direção, disparou.
Ele também explicou que não notou ter atingido os dois moradores e entregou a arma a polícia, uma pistola bereta calibre 9 mm, com 16 munições intactas. Conforme apurado pela equipe do Primeira Página, o policial é do Rio de Janeiro e veio para a capital de Mato Grosso do Sul há dois meses, trabalhar no Presídio Federal de Campo Grande.
A perícia ainda foi ao local dos tiros e recolheu uma faca, suja de sangue, de aproximadamente 30 centímetros. O caso é investigado como lesão corporal por intervenção policial.