Vida de menina encontrada com homem que conheceu on-line é repleta de drama 29l6p
Menina chegou a ligar para avó, mas disse que não poderia dizer onde estava. 6y2a42
A vida da menina de 13 anos que fugiu com um homem de 25 anos após conhecê-lo em um jogo on-line está bem longe do que deveria ser a fase da adolescência. Ela perdeu a mãe em 2011, vítima de feminicídio, e sofreu estupro, conforme depoimento do sujeito com quem estava.

A tia da adolescente disse que mãe da jovem foi assassinada em 2011. Segundo a tia, a menina enfrentou muitas dificuldades para lidar com o sentimento da perda. Desde então, ela foi acompanhada por uma psicóloga e precisou usar medicamentos controlados por um tempo, pois se automutilava. Ela e a irmã caçula foram acolhidas pelas avós materna e paterna.
“Ela tinha 6 anos quando a mãe morreu e precisou de um tratamento, apoio psicológico, terapia, e até tomou remédio psiquiátrico. Sempre falava para ela ‘ninguém vai substituir a sua mãe, ela é única’. Dava essa liberdade para ela”, esclarece.
O maior receio da tia era de que o assassino pudesse fazer algo contra a família. Ela chegou a cogitar que o homem que ela conheceu no jogo on-line pudesse ter sido mandado pelo assassino que matou a mãe dela. Mas condenado a 30 anos de prisão, o assassino está preso.
Entenda o caso 566u43
Segundo a polícia, a menina já retornou para Campo Grande e está prestando depoimento. A adolescente desapareceu na quinta-feira (28), após sair para ir para a escola. Ela foi localizada na quarta-feira (4), em Cascavel (PR). O caso é investigado pela Depca (Delegacia Especializada na Proteção da Criança e Adolescente).
LEIA MAIS: 342v5n
- Adolescente de 13 anos é encontrada com homem que conheceu jogando Free Fire
- Polícia procura adolescente de 13 anos desaparecida há 4 dias
Em depoimento na delegacia de Cascavel, município paranaense distante 406 km de Curitiba, o homem confessou que manteve relações sexuais com a adolescente. Conforme a Polícia Civil, ele deve responder, no Paraná, pelo crime de estupro de vulnerável.
o à internet 1a173
Conforme apurado pela reportagem, a jovem usava o celular da avó para manter contato com o suspeito de estupro. A tia da adolescente contou que a vítima não tinha computador, nem celular. “A minha mãe nem deixava o celular 24h com ela. O celular que ela jogava é o da minha mãe”, disse.
Antes de ser localizada em Cascavel, a adolescente chegou a ligar para a avó, no dia 30 de abril. A tia, que presenciou a ligação, relata que a menina estava com voz de choro, mas tranquilizou a família: “ela é muito emotiva, não sei se chorou de saudade ou de remorso”, observou a tia.
“Ela disse: ‘oi, vó, eu estou bem’. Quando a minha mãe perguntou o local onde ela estava, a resposta foi negativa. A gente salvou o número que ela ligou e eu mandei para a polícia”, relembrou a mulher.
Desaparecimento 5c4b3a
No dia do desaparecimento, a adolescente apresentava comportamento normal. Por volta das 5h da manhã de quinta-feira (28), ela foi até o local onde a avó trabalha. Como de costume, a adolescente ficou durante a manhã ali e fez a tarefa escolar e, por volta das 12h50, ficou pronta para ir ao colégio.
“Ela arrumou a mochila e a minha mãe sempre olha a mochila dela e percebeu que a mochila estava macia. Quando ela abriu, viu que tinha roupa. A minha mãe tirou a roupa e perguntou para ela o porquê ela tava lavando roupa para a escola. Ela disse que tinha confundido e levado as roupas, deu uma desculpinha qualquer”, contou a tia.
No fim da tarde, a avó estava em frente ao colégio esperando a neta, mas a adolescente não apareceu. “Minha mãe entrou e a coordenadora disse que ela não tinha ido. […] A gente já foi fazer um boletim de ocorrência depois”, completou a tia.