Tortura e crime sexual: casal preso por agredir e abandonar filho é indiciado 4q5d1f
Um homem de 49 anos e a esposa foram indiciados em flagrante pela Polícia Civil, Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, nessa quarta-feira (28), pelos crimes de abandono de incapaz e tortura praticados contra o filho de 15 anos. Eles também devem responder por estupro de vulnerável e por facilitar o o de material pornográfico com o fim de praticar ato libidinoso e produzir ou registrar cena de sexo envolvendo criança ou adolescente (tentado).

No último dia 20, quando foram presos em flagrante, o filho de 15 anos havia sido expulso de casa durante a noite e encontrado caminhando sozinho em uma rua da cidade. Ele foi socorrido por um morador local e depois acompanhado pelo Conselho Tutelar, que o apresentou à Promotoria de Justiça e, por fim, encaminhado à Delegacia da Polícia Civil para a apuração dos fatos.
O adolescente relatou que começou a ser agredido pelos pais em setembro do ano ado, desde que sua irmã mais velha foi embora de casa, também fugindo das agressões. Ele contou ainda que sofreu tapas, golpes de facão e teve o rosto pressionado ao chão com os pés do pai. Já da mãe, ele foi vítima de esganadura.
As lesões eram aparentes e o adolescente ou por exames periciais que confirmaram as agressões em várias partes do corpo. Agora ele está acolhido temporariamente em um abrigo do município.
A filha do casal, que agora mora em outra cidade do estado, sofreu estupros cometidos pelo pai quando ainda era menor de idade, em, pelo menos, duas situações diferentes. O homem ainda produziu materiais pornográficos e expôs a jovem em várias ocasiões, com finalidade libidinosa.
A mãe sabia dos crimes, porém, não fazia nada para impedi-los, como afirma o delegado Bruno França Ferreira, que investiga o caso.
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O delegado afirma também que não se trata de um caso isolado de tortura, mas de um quadro que acontecia com frequência, destruindo de forma violenta os direitos fundamentais do menor, com o agravante de que os crimes eram cometidos justamente por aqueles que deveriam ser os primeiros guardiões dos filhos.
O inquérito foi concluído nesta quinta-feira (28) e encaminhado ao Poder Judiciário. O casal está preso preventivamente e durante as primeiras oitivas se manteve calado. O indiciado, em um segundo interrogatório, negou os crimes sexuais e disse que estaria sendo acusado por vingança.