Successione: gerente usou a mulher para alugar QG do jogo do bicho 731xm
A investigação não encontrou indícios de participação do dono da casa na organização criminosa 5l5v2h
O imóvel usado como QG do jogo do bicho em Campo Grande – esquema desmantelado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na Operação Successione – era alugado pela esposa de um dos investigados.
A investigação não encontrou indícios de participação do dono da casa na organização criminosa, apurou o Primeira Página.

Segundo a investigação jornalística, além disso, o marido da locatária geria o local, pagava o aluguel e tratava diretamente com o responsável pela aquisição do maquinário para o funcionamento do jogo do bicho.
A origem 4y203r
Em outubro, o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) apreendeu 700 máquinas de mão usadas para apostas no jogo ilegal. O imóvel usado fica na rua Gramado, no bairro Monte Castelo.
Lá, estavam todas as pessoas que, no começo de dezembro, foram alvos da primeira fase da operação Successione, quando agentes do Gaeco, com apoio da Polícia Civil e da PM foram às para cumprir 10 mandados de prisão.
A segunda fase da operação foi deflagrada na última quarta-feira (20) com cumprimento de 12 mandados de prisão.
Desse total, 10 mandados envolveram pessoas já listadas na primeira fase e outros dois são de novos investigados. São eles o ex-policial militar Carlito Miranda e uma outra pessoa chamada Wilson Goulart.
Três estão foragidos alvos da fase 1 seguem foragidos. Na quarta-feira o Gaeco também cumpriu quatro mandados de busca apreensão.
No começo do mês haviam sido 13, sendo um na casa do deputado estadual Neno Razuk (PL), investigado como suposto chefe do esquema. Ele nega.
Quem são? 21b2y
Na primeira fase, deflagrada em 5 de dezembro, foram presos:
- Diego Sousa Nunes: assessor parlamentar de Neno Razuk, que foi encontrado no ponto de concentração do jogo do bicho da organização criminosa durante diligência do Garras. Está na relação de visitantes de Neno Razuk, no Damha III, com um dos carros usados nos roubos a malotes.
- Manoel José Ribeiro, o “Manelão”: sargento reformado da Polícia Militar, assessor parlamentar de Neno Razuk. Estava no QG do jogo no bairro Monte Castelo no dia 16 de outubro. Foi reconhecido pelas vítimas como executor de dois dos três roubos apurados e aparece na relação de visitantes de Neno Razuk, no Damha III, com um dos carros usados nos roubos.
- Gilberto Luiz dos Santos, chamado de G.Santos, “Coronel” ou “Barba”: é policial militar reformado, assessor parlamentar de Neno Razuk. Estava no imóvel onde foram apreendidas as máquinas usadas para registrar apostas em outubro. Visitou a casa do deputado em um dos carros usados nos roubos sob apuração. Foi flagrado durante a investigação do Gaeco dirigindo o mesmo veículo. Segundo a apuração, embora seja major, se intitulava coronel da Polícia Militar e usava dessa condição para impor respeito no trato das atividades criminosas.
- Julio César Ferreira dos Santos: é filho do policial militar da reserva Gilberto Luiz dos Santos. Estava na casa do bairro Monte Castelo onde foram apreendidas as 700 máquinas. Está na lista de visitantes de Neno Razuk, no Damha III, usando um dos carros usados nos assaltos.
- Taygor Ivan Moreto Pelissaro: é estudante de Medicina em Ponta Porã que estava no QG e foi pego em Ponta com arma dois dias depois, na cidade fronteiriça ao Paraguai.
- Valmir Queiroz Martinelli: foi encontrado no ponto de concentração do jogo do bicho da organização criminosa durante diligência feita pelo Garras. Nas investigações do Gaeco foi flagrado conduzindo um dos veículos usados nos roubos. É apontado como responsável pela aquisição de maquinário, entre outros órios necessários ao funcionamento do jogo do bicho, cujo comércio ocorre em meio clandestino.
- Mateus Junior Aquino: foi usado por Gilberto Luiz para ameaçar uma das vítimas, indica a investigação. Conforme apurado, era vinculado a outro grupo que explorava o jogo do bicho em Campo Grande, mas recentemente filiou-se à organização criminosa supostamente comandada por Razuk.