Situação de flagrante dificultou segurança de PM atropelado em abordagem na Afonso Pena 176pk
A necessidade de frear os motociclistas que pilotavam em alta velocidade na avenida Afonso Pena fez com que o policial não tivesse tempo de seguir os protocolos 161o50
A necessidade de frear os motociclistas que pilotavam em alta velocidade na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, o mais rápido possível fez com que o policial militar atropelado na noite dessa quinta-feira (22) sequer tivesse tempo de tomar as medidas de segurança adequadas durante uma abordagem trânsito.
Quem explica a situação é tenente-coronel Carlos Augusto Pereira Regalo, comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.

“É importante citar que o crime estava acontecendo em flagrante. Caso fossem adotadas as medidas de segurança necessárias, não seria sequer possível realizar as abordagens. Se fosse uma blitz normal, seriam colocados cones para a sinalização, mas não deu tempo para isso”.
Augusto Regalo
De acordo com nota oficial da Polícia Militar, as equipes foram chamados para frear um tumulto “envolvendo várias pessoas principalmente de posse de motocicletas realizando depredações e manobras perigosas” na principal avenida da cidade.
Quando os policiais chegaram, no entanto, “houve uma dispersão generalizada”. Para parar os suspeitos, uma das viaturas tentou bloquear a agem dos motociclistas. Assim que a viatura parou, o sargento dos Santos, desceu para fazer as abordagens. Mas parte dos suspeitos não respeitaram a ordem de parada.
O primeiro deles, que carregada uma mulher como ageira, atropelou o sargento. Tudo foi filmado. Nos vídeos é possível ver que a violência do impacto chegou a arrancar o coturno do militar. Mostra também que ele tentou levantar, mas não conseguiu e que quando estava no chão, quase foi atingido por outro motociclista em alta velocidade.
Em entrevista, o comandante Augusto Regalo reforçou que a Afonso Pena tem se tornado um problema por causa de algumas pessoas que escolhem ir a avenida para cometeram crimes de trânsito, como manobras perigosas e rachas.
“A Afonso Pena é um problema crônico por causo do comportamento de algumas pessoas que frequentam o local. Quem vai para lá, para seu carro, tira a cadeira para sentar e coloca o som em um volume aceitável não é incomodado pela Polícia Militar, porque é uma tradição na nossa cidade. Mas tem aqueles que fazem manobras, excedem a velocidade e colocam em riscos a todos”.
Augusto Regalo
Segundo o comandante, para essas pessoas, a repressão será ainda maior a partir de agora, já que o policialmente diário será reforçado após o episódio.
Agora, a polícia militar tenta encontrar o homem que atropelou o policial. Para isso, pediu ajuda da população.
“A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul faz diligência e solicita que o autor do atropelamento ou alguém que tenha alguma informação procure imediatamente uma unidade da Polícia Militar ou uma Delegacia para prestar esclarecimentos”
Nota PM
O autor pode responder por lesão corporal grave, omissão de socorro e crimes de trânsito.
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Disparos de elastômetro 1il1e
Depois do atropelamento do sargento, o companheiro de equipe dele fez disparos de elastômetro contra motociclistas e chegou a prender um outro condutor por engano, até entender o que realmente havia acontecido.
Esse motociclista, após ser solto, se tornou testemunha do acidente e ajudou a polícia. A reportagem questionou a ação a Polícia Militar, mas não obteve resposta.