Simulação mostra como médico disparou contra namorada de 15 anos em Guarantã do Norte 323f4g
As imagens da simulação mostram Bruno Felisberto ao lado de um perito, reencenando o momento do disparo dentro do veículo onde estava com a Kethlyn Vitória, de 15 anos, com quem mantinha um relacionamento. v23f
A reconstituição da morte da adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi realizada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) com a participação direta do médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, investigado como autor do disparo que matou a jovem.
O caso ocorreu no dia 3 de maio, em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá.
As imagens da simulação, feita em 16 de maio, mostram o médico ao lado de um perito, reencenando o momento do disparo dentro do veículo onde estava com a adolescente, com quem mantinha um relacionamento.
A conclusão da perícia, divulgada no último sábado (24), apontou que o disparo foi acidental.
No entanto, a Polícia Civil mantém Bruno indiciado por feminicídio, além de outros cinco crimes. De acordo com a investigação, mesmo que não tenha havido intenção de matar, o médico assumiu o risco ao manipular a arma de fogo de forma imprudente dentro do veículo com a vítima.
“Mesmo com a perícia indicando um disparo acidental, o comportamento do autor foi totalmente incompatível com os cuidados mínimos exigidos ao portar uma arma”, afirmou um investigador próximo ao caso.
Segundo o depoimento de Bruno à polícia, no momento do disparo, Kethlyn estava sentada no colo dele tentando dirigir o carro. Ele alegou que tentou efetuar um disparo para fora do veículo, mas, ao tentar entender por que a arma não funcionou, ela disparou de forma acidental e atingiu a cabeça da adolescente.
Após o disparo, Bruno teria levado Kethlyn às pressas para uma unidade de saúde do município. Testemunhas disseram que ele aparentava estar em estado de choque. Médicos tentaram reanimar a vítima por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu. Ao ser informado da morte, o médico teve um surto, tentando quebrar janelas e portas do hospital, conforme relatos.
Relembre o caso 174742
O médico se entregou à Polícia Civil no dia 05 de maio. Ele era namorado da vítima e a levou ao hospital por volta de 1h da madrugada, dizendo que a jovem havia sido baleada.
A equipe médica tentou reanimar a adolescente, mas ela não resistiu. Meia hora depois, o hospital acionou a Polícia Militar. De acordo com os relatos colhidos pela polícia na unidade de saúde, o homem chegou visivelmente abalado, pedindo para que salvassem a vida de Kethlyn.
O advogado de defesa afirmou que Bruno havia ingerido bebida alcoólica.
Bruno se identifica nas redes sociais como médico e possui quase 50 mil seguidores no Instagram. Na biografia do perfil, ele se apresenta como “1º lugar no concurso médico” e completa com a frase “Deus e gratidão no coração”. Ele tem mais de 150 publicações na conta pessoal, cuja foto de perfil é ao lado da namorada menor de idade.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra Bruno, ao lado de Kethlyn, manuseando uma arma. As imagens, analisadas pela perícia, não foram gravadas no dia da morte da adolescente. Veja:
