"Sem querer como?": irmã de homem morto por procurador da ALMT cobra justiça l4b1l
A irmã de da vítima, Rute Senise, questiona a versão apresentada pela defesa do procurador, que alega que o crime não foi premeditado 3q63z
Em um protesto, realizado na noite desta quarta-feira (16) em frente ao Museu de Cultura e Arte Popular da UFMT, familiares e apoiadores exigiram justiça pela morte de Ney Muller Pereira, de 42 anos. A vítima, em situação de rua, foi executada com um tiro na cabeça pelo procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, no dia 9.
Durante a manifestação, a irmã de Ney, Rute Senise, questionou a versão apresentada pela defesa do procurador, que alega que o crime não foi premeditado.

“Como que é sem querer, gente? Não tem sem querer. Foi premeditado isso, porque se eu não quero, eu não vou em busca. Ele buscou”, afirmou Rute, relembrando a sequência de ações do autor do disparo.
Conforme apontam as investigações, Luiz Eduardo teria saído para jantar com a família, retornado à sua residência e, em seguida, voltado ao local armado em busca de um homem que, segundo testemunhas, havia danificado seu carro.
Ao encontrar Ney, que se encaixava na descrição física reada, o procurador o chamou e disparou um tiro à queima-roupa, atingindo a cabeça da vítima.
O caso gerou comoção e acendeu debates sobre justiça, desigualdade e violência contra pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Abalada, Rute relatou que a mãe está em estado de depressão profunda desde o ocorrido.
“Minha mãe só chora. Vai precisar de médico, vai ter que tomar remédio porque ela tá depressiva”, contou. A própria Rute, que a por sessões regulares de hemodiálise, também enfrenta dificuldades emocionais após o assassinato do irmão. “A família tá toda destruída”, lamentou.
Apesar da dor, ela reconhece o apoio recebido por parte da própria Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que afastou o procurador do cargo de confiança que ocupava na instituição.