Saiba em que pé está a situação do delegado que caiu do comando da PCMS após tiros no trânsito i2315
Uma semana depois, ele foi nomeado para diretor de Interior do Ciops, que segue sob chefia de coronel da PM 2m2749
Forçado a pedir para sair do comando da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul depois de se envolver em uma confusão de trânsito, o delegado Adriano Garcia Geraldo foi nomeado nesta sexta-feira (25), uma semana depois, para um cargo no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública). Ele foi designado para a função de diretor do Interior no serviço, que faz a distribuição das ocorrências policiais que chegam pelo número 190.
No comando, como diretor-geral do Ciops, segue o coronel da Polícia Militar, coronel Juracy Pereira da Paz. A mudança de função de Garcia Geraldo foi publicada hoje, com a do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Impedimento t1be
As regras de funcionamento do Ciops impedem a troca do diretor-geral a qualquer momento, o que ajuda a entender porque Adriano Garcia Geraldo foi designado para outra função. O órgão tem uma espécie de “mandato” de dois anos para o chefe.
Além disso, há um revezamento no comando entre representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil. A vez é dos bombeiros.
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A saída de Adriano Garcia Geraldo da Polícia Civil foi a pedido, em meio à repercussão negativa da ocorrência de trânsito em que ele perseguiu uma motorista e parou o veículo dela à bala, na Avenida Mato Grosso, no dia 16 de fevereiro. A situação ficou mais complicada depois que as versões de Adriano e da jovem de 24 anos vieram à tona.
Ele disse que a moça estava dirigindo de forma perigosa e, mesmo emitindo sinais luminosos e sonoros com a viatura, ela não parou. Ela disse que recebeu uma buzinada depois de “afogar” o veículo e reagiu fazendo um gesto com o dedo do meio. Seguiu-se, então, a perseguição, a disparada de três tiros nos pneus do veículo, até que a motorista parasse em um estacionamento. Ela só saiu do carro cerca de meia hora depois, com a chegada de outros policiais e de uma amiga.
Toda a cena foi filmada de dentro do carro dela, que era equipado com uma câmera do tipo Go-Pro.
A jovem foi levada para a delegacia, chegou a ser cogitado que fosse presa em flagrante, mas ela acabou sendo liberada para acompanhar a investigação em liberdade.
O caso foi registrado como desacato e perigo à vida de outrem. Essa tipificação pode mudar conforme as investigações, a cargo da 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Carandá.
Imagens 124s6g
As imagens da Go-Pro ainda não apareceram. Segundo a Polícia Civil informou, o pen-drive foi enviado para a perícia para análise.
Foram colhidas, ainda, imagens de câmeras de circuitos de vigilância no trajeto. Uma delas mostra parte do episódio.
O delegado responsável pelo inquérito, Wilton Vilas Boas, informou ao Primeira Página que o inquérito segue em fase de investigação. De acordo com ele, duas testemunhas foram ouvidas e agora está no aguardo da análise das imagens colhidas.
Legalmente, o prazo inicial para concluir um inquérito policial é de 30 dias, que podem ser renovados.
O delegado vai ser alvo de investigação istrativa também, mas ela só vai começar quando a apuração policial terminar. Esse processo istrativo é para apurar se ele cometeu infração disciplinar, se abusou do cargo de policial na situação.
