Réu por roubo e desvio de dinheiro de delegacia, policial volta para a Corporação 44334
O policial civil Georges Lemos, de 45 anos, teve o afastamento da Corporação revogado, depois de quase um ano. Ele estava em prisão domiciliar, sob acusação de crime de roubo. Agora, a Justiça, a pedido da defesa decidiu colocar o policial em regime de vigilância por tornozeleira eletrônica, podendo sair de casa de segunda a […] 3nq12
O policial civil Georges Lemos, de 45 anos, teve o afastamento da Corporação revogado, depois de quase um ano. Ele estava em prisão domiciliar, sob acusação de crime de roubo. Agora, a Justiça, a pedido da defesa decidiu colocar o policial em regime de vigilância por tornozeleira eletrônica, podendo sair de casa de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h. Isso abriu caminho para o fim do afastamento da Polícia Civl.
Depois das 20h e no fim de semana, Georges continua em recolhimento domiciliar. Antes, o policial estava com o monitoramento, mas não podia sair de casa.
Georges é réu em dois processos, um por roubo de veículo, em meio a cobrança de dívida por um agiota, e outro por desviar dinheiro da delegacia onde atuava, em Campo Grande. As duas acusações ainda estão tramitando na 1ª Vara Criminal.
A determinação colocando fim ao afastamento foi oficializada hoje pela Corregedoria da Polícia Civil, valendo retroativamente a partir de 22 de setembro. O texto informa que a revogação é em cumprimento a decisão judicial.
Segundo descrito, o agente de polícia judiciária é lotado na Acadepol (Academia de Polícia Civil), onde são formados novos policiais.

Doenças mentais 153n2t
Georges nunca ficou encarcerado, apesar da gravidade da acusação contra ele envolvendo o roubo de um veículo Onix, em 2018. A prisão preventiva foi decretada em abril do ano ado, mas não foi cumprida porque o policial, depois de não ser localizado, apareceu internado em clínica psiquiátrica.
Depois, foi aceito o argumento defensivo de que George tem doenças psiquiátricas e apresenta risco, inclusive, de cometer suicídio.
O inquérito que levou ao pedido de prisão aponta que ele, junto com um comerciante apontado como agiota, fez o trabalho de cobrança de um devedor, que havia contraído empréstimo de R$ 6 mil e, mesmo já tendo pagado R$ 8 mil, ainda continuava sendo estorquido.
A cena da cobrança descoberta mostra que Georges e o credor colocaram a vítima no carro da esposa dela, andaram pela cidade e nesse trajeto, o policial armado ameaçava o devedor no banco de trás do veículo. O carro ficou com eles, de acordo com o inquérito relatado ao Judiciário.
Desvio em delegacia 332b6c
No outro processo, em que não chegou a haver determinação de prisão, Georges e outro policial são acusados de se apropriar de valores que deveriam ser recolhidos por meio de documentos de arrecadação estadual, boleto em nome do Estado, mas recebiam em dinheiro e embolsavam.
Eram pagamentos referentes a alvarás emitidos pela Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), onde estavam lotados, durante o ano de 2016.
Quanto a Georges, o valor constante da denúncia por peculato é de R$ 2,3 mil, conforme a descoberta feita em correição na unidade policial, em 2018.
George Lemes, embora afastado, seguiu recebendo normalmente o salário, que é de R$ 9 mil brutos.
O que diz o advogado de Georges 2h1z3m
Tiago Bunning, defensor do policial civil informou que, na prática, o cliente não voltará a trabalhar, por estar em tratamento de problemas psiquiátricos considerados graves.
O que diz a Polícia Civil 362no
“Em razão dos fatos que ensejaram a propositura da aludida ação penal tramita ainda Processo istrativo Disciplinar – PAD no âmbito da Corregedoria-Geral que encontra-se em andamento”, informou a corporação em nota à reportagem.
“Em relação ao seu retorno, como foi informado que ele está em tratamento médico, a DGPC irá aguardar a apresentação do atestado, para análise da unidade que eventualmente possa retornar ao trabalho”, completa o texto.