Presa por assassinato já tinha esfaqueado o marido durante briga h2h1p
Segundo amigos, Josiley e Carlos viviam em relacionamento marcado por idas e vindas; em 2021 uma discussão terminou com o homem ferido com uma facada 5c2w2p
A morte de Carlos Henrique de Oliveira, de 42 anos – esfaqueado pela esposa na madrugada de domingo (26) – revela um relacionamento marcado por brigas e violência. Em 2021, uma noite de bebedeira também terminou em crime no apartamento do casal; depois de uma briga, a mulher foi agredida com um tapa no rosto e revidou com uma facada na barriga do marido.

O caso se ou no fim daquele ano. Tudo aconteceu na frente de um casal de amigos de Carlos e Josiley Fernandes Ribeiro.
Na época, as testemunhas contaram que era uma noite de festa, eles bebiam, fumavam narguilé e comendo, quando os anfitriões começaram a brigar por “infidelidade”. No meio da discussão, Carlos deu um tapa na cara de Josiley. Ela então pegou uma faca e golpeou o companheiro no abdômen.
Ele foi socorrido para a Santa Casa e ela para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Na unidade policial, a mulher alegou que o marido havia mudado o comportamento, mas que não sabia o motivo. No dia, contou a mulher, Carlos tinha a acusado de traição e tentado arrancar uma confissão dela.
Para a polícia, Josiley confessou que não tinha a intenção de separar o marido, por isso não quis representar sobre a agressão que sofreu.
Um amigo próximo de Carlos, que preferiu não se identificar, contou que ele quase morreu com a facada, mas, ainda assim, voltou permaneceu com Josiley.
Confidente, ele ouvia o amigo contar sobre um relacionamento conturbado, marcado por ciúme excessivo e idas e vindas. “Ele quase morreu em 2021. Eu conversava com ele, para ele sair dessa relação, mas não teve jeito”, lamentou o amigo.
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Na madrugada de domingo (26), a situação foi bem parecida com anos atrás. O casal bebia com uma amiga no apartamento do Jardim Morenão quando mais uma briga terminou em agressão.
No boletim de ocorrência, consta que a mulher feriu o companheiro para se defender, mas ao ser presa, ela preferiu ficar em silêncio e se comprometeu a contar o que houve quando estivesse com um advogado.

A reportagem, no entanto, conseguiu o ao depoimento de uma das testemunhas, morador do condomínio. Para a polícia ele contou que ouviu uma gritaria de briga e logo depois, viu Carlos sair com o peito ensaguentado. Segundo o relato, mesmo ferido, o homem pedia para chamar o socorro. “To morrendo. Chama a polícia. Chama o Bombeiro”, teria dito.
Carlos caminhou alguns metros e deitou na calçada. Enquanto ele esperava por socorro, a esposa saiu com a faca na mão, foi até ele e desferiu mais golpes. Ainda vivo, o homem pedia para a mulher parar: “Para, não me mata”. Mas não houve o que fazer.
Depois de tirar a vida do marido, a suspeita sentou no meio-fio ao lado dele e começou a dizer frases sem sentido, entre elas, a “justificativa” para o crime brutal que havia acabado de cometer. “Homem não bate em mim. Não vou deixar homem bater em mim não”.
O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil. Josiley a por audiência de custódia nesta segunda-feira (27).