PF desmonta garimpo ilegal e prende presidente de associação em MT 2f4x1k
Imagens de satélites identificaram um total de 260 ha de áreas recém abertas, sendo 95 ha no interior do Parque do Juruena 6g3d16
A Polícia Federal, Ibama e o ICMBio realizaram uma operação nesta semana para desmonta um garimpo ilegal no Parque Nacional do Juruena, em Nova Bandeirantes, a 980 km de Cuiabá. O presidente de uma associação de garimpo foi preso. Garimpeiros abriram ilegalmente uma área de 260 hectares.
A Operação Ibi-çorac ocorreu entre terça (1º) e o final da tarde dessa quinta-feira (3). Os agentes das três instituições fizeram infiltrações por terra e constataram grande número de frentes de lavras recém-abertas. A polícia encontrou equipamentos de extração instalados e em funcionamento.
Durante a operação, houve a prisão do presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes (Cooperrios), responsável por uma grande área de garimpo na região, que operava ilegalmente sem autorização de lavra da ANM (Agência Nacional de Mineração). A pena somada dos crimes referentes ao garimpo ilegal pode chegar a 6 anos de prisão.
Imagens de satélites do Programa Brasil M.A.I.S. de áreas mostraram que garimpeiros e grileiros de terras da região continuavam a praticar o crime com potencial de devastação de áreas protegidas de grande valor ambiental.
Os policiais fizeram a apreensão e destruição do maquinário utilizado para o garimpo ilegal. Foram destruídos 5 escavadeiras hidráulicas de médio e grande porte, 10 dragas (conjunto moto-bomba de recalque), além de acampamentos com estrutura de refeitório e alojamento.
A estimativa é que tenha gerado um prejuízo aos infratores que ultraa R$ 4 milhões.
Como agiam os garimpeiros e grileiros u2k51
Nas apurações, foi verificado que, ao se apropriarem de terras públicas, os grileiros se associaram a garimpeiros para exploração da área, promovendo o desmatamento de áreas de floresta primária e degradando igarapés intocados mediante a cobrança de um percentual do minério extraído.
Os alertas de desmatamento e mineração ilegal emitidos a partir do monitoramento por satélite permitiram aos agentes identificar os crimes em estágio inicial, com localização de 24 novas frentes de lavra, assim como de seus os, em um total de 260 ha de áreas recém abertas, sendo 95 ha no interior do parque.

Levantamentos preliminares da perícia da PF apontam a ocorrência de danos ambientais imediatos no valor de R$ 46 milhões só com a mineração e mais de R$ 300 milhões com o desmatamento ilegal financiado pela mineração.
As investigações e investidas das forças do Estado contra os delitos ambientais continuam, com especial atenção à identificação das lideranças e demais integrantes da associação criminosa, bem como à sua completa descapitalização, inclusive para reparação dos danos impostos à sociedade.
O nome da operação, IBI-ÇOROC, é um termo em Tupi que significa Terra Rasgada, uma alusão à ação dos garimpos ilegais que promovem a erosão das margens, o desvio e o assoreamento de cursos de água.