Perícia aponta que médico atirou voluntariamente contra adolescente de 15 anos 5z5770
Laudo oficial confirma que disparo ocorreu mediante acionamento do gatilho; motivação ainda é investigada 2bt1p
O tiro que matou a adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi classificado nessa quarta-feira (28) pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) como voluntário, e não acidental.
O disparo foi efetuado pelo médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, que era namorado da jovem.

Segundo a perícia, o disparo ocorreu de forma regular, mediante o acionamento do gatilho pelo operador da arma. Assim, foi descartada a hipótese de falha mecânica ou defeito que pudesse ter provocado um disparo involuntário.
“A classificação de tiro acidental é utilizada quando há produção do disparo sem o acionamento do gatilho, por falha na segurança do armamento ou anomalias em suas peças, o que não ocorreu neste caso”, informou a Politec.
O laudo foi entregue na terça-feira (27) e confirmou a dinâmica previamente estabelecida pela investigação.
A reprodução simulada do crime indicou que a trajetória do projétil — que atingiu a parte posterior da cabeça da adolescente — é compatível com as marcas encontradas no interior do veículo e com o laudo de necropsia.
O projétil foi localizado alojado na lateral interna do carro, enquanto o estojo da munição não foi encontrado.




Durante a reprodução simulada, o autor do disparo, Bruno Felisberto, confirmou a versão que havia apresentado anteriormente à Polícia.
Apesar da conclusão técnica sobre a forma do disparo, a perícia ressaltou que não foi possível determinar se houve ou não intenção de matar.
Até o momento, três dos dez laudos periciais solicitados já foram concluídos. A motivação do crime ainda está sob investigação pela Polícia Civil.
Relembre o caso 2i634h
De acordo com o boletim de ocorrência, Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi levada ao hospital pelo namorado, o próprio médico de 29 anos. Ao chegar no local, a Polícia Militar confirmou a morte da adolescente.
Um enfermeiro que estava de plantão no momento relatou à polícia que o namorado da jovem estava visivelmente abalado e implorava para que a equipe médica salvasse a vida dela. Os profissionais tentaram reanimá-la por cerca de 40 minutos, sem sucesso.
Após a confirmação da morte, Bruno Felisberto teria tido uma crise emocional e, segundo testemunhas, tentou danificar móveis do hospital, como janelas e portas.
Vídeos divulgados na rede social do casal mostram que ele já havia brincado com a arma em outras situações.