Pecuarista morta figurou como suspeita de mandar matar ex-marido 3h5z60
Morta durante um assalto na manhã desta quinta-feira, dia 28 de julho, Andreia Aquino Flores, de 38 anos, foi investigada por mandar matar o ex-marido em janeiro deste ano, na cidade de Ponta Porã – a 298 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. No ado a pecuarista ainda teve o nome citado em outra execução na fronteira do Estado com o Paraguai.

Os dois casos que marcam o ado de Andréia aconteceram em Ponta Porã, região em que a família dela vive e possui propriedades.
No dia 18 de janeiro, o ex-marido de Andréia estava na clínica veterinária em que trabalhava quando foi surpreendido pelos pistoleiros. Ele conversava no telefone, em frente ao estabelecimento e foi atingindo de raspão pelos tiros disparados por dois homens em uma motocicleta.
Durante as investigações, o nome da pecuarista foi citado como a possível mandante do crime, mas até o momento, não há comprovação do envolvimento dela no atentado.
Apesar da situação extrema, não foi a primeira vez que Andréia precisou dar explicações a polícia por ter o nome envolvido em ataques armados na fronteira de Mato Grosso do Sul.
Em junho de 2015, Ricardo Carvalho Cristaldo foi executado no centro de Ponta Porã enquanto dirigia um Hyundai Ix35, que estava em nome da pecuarista. Ele foi alcançado por outro veículo e executado com mais de 18 tiros. O homem tinha agens por tráfico de drogas e estava fora a cadeia há 11 meses quando foi morto.
O Primeira Página procurou a advogada que representa Andréia para entender o andamento dos processos e o envolvimento da pecuarista, mas a pedido da família, nenhuma informação foi reada para a imprensa.

O crime 36r6y
O crime que terminou na morte de Andréia nesta quinta-feira é apurado pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos) e ainda possui muitas perguntas sem resposta. Duas mulheres que trabalhariam com a pecuarista são as principais testemunhas do caso e é a partir do depoimento delas que a polícia começa a traçar a linha de investigação: roubo seguido de morte, o conhecido latrocínio.
No primeiro depoimento prestado a polícia, umas das mulheres contou que ela e a mãe trabalham para Andreia e nesta quinta-feira saíram com o carro da patroa para fazer comprar em um supermercado do Bairro Tiradentes. Quando voltaram, encontraram dois homens dentro do veículo.
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Elas foram forçadas a dirigir de volta ao condomínio da vítima, que acabou rendido pelos bandidos. As três mulheres foram rendidas e amarradas. Enquanto as funcionárias foram mantidas em um quarto, os bandidos levaram a dona da casa para outro cômodo.
Conforme o depoimento da funcionária, um tempo depois os assaltantes voltaram e levaram a mãe dela junto. Consta no boletim de ocorrência que a mulher mais velha foi obrigada a dirigir novamente até o Tiradentes, onde os bandidos desceram e a liberaram. Ela então retornou ao condomínio.
Enquanto isso, a filha dela conseguiu se soltar, encontrou Andréia ferida na cama e correu para pedir ajuda. As duas mulheres foram levadas para a delegacia especializada para contar detalhes do crime.
No primeiro contato com a polícia, nenhuma das duas soube explicar se deixaram o carro trancado quando saíram para fazer compras. Para entender como os bandidos renderam as mulheres, a equipe de investigação solicitou imagens das câmeras de segurança do supermercado. As imagens já foram entregues.
Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil fazem buscas pelos suspeitos do crime.