PC faz megaoperação contra facção criminosa e um morre em confronto 2l612q
Crimes de tráfico de drogas, lavagem de capitais e posse de arma de fogo, ordenados de dentro da cadeia são investigados na ação 47515
Pelo menos 26 integrantes de uma das maiores facções criminosas do país, que tem forte atuação dentro e fora dos presídios, são alvos de uma megaoperação organizada pela Polícia Civil no município de Água Clara – a 181 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações preliminares, um dos investigados morreu em confronto com os policiais.

Apenas informações preliminares sobre a ação foram divulgadas. Segundo a Polícia Civil, a operação chamada “Expurgo” apura crimes de tráfico de drogas, lavagem de capitais, posse de arma de fogo, cometidos em pelos integrantes da facção; que nasceu no sistema prisional de São Paulo.
Consta que o grupo criminoso “tinha como principal área de atuação a cidade de Água Clara”, por isso revendiam exclusivamente a droga fornecida por ela. As apurações que começaram no final de 2021 revelaram também que os responsáveis por ordenarem crimes já estavam presos, mas continuavam orientando os comparsas.
Por isso, uma megaoperação foi montada para cumprir 26 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão. A maioria dos investigados já esteve preso, mas ainda assim, continuaram praticando crimes e comandando a facção de dentro dos presídios.
Ainda foi realizado o sequestro de um imóvel, fruto de lavagem de dinheiro, avaliado em R$ 350 mil.
Durante o cumprimento de um dos mandados, o suspeito teria tentado escapar da prisão e trocou tiros com os policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros). Ferido, ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. O nome do homem ainda não foi revelado.
Até o momento, 21 pessoas foram presas e três adolescentes apreendidos. Além disso, porções de cocaína, carro e três armas, uma que estava na casa do suspeito morto, foram apreendidas durante as ações desta manhã.
Celas nos presídios de Campo Grande e Três Lagoas, onde os principais integrantes da organização criminosa estão detidos, também foram vistoriadas. Os chefes do grupo devem ser transferidos para a penitenciária de segurança máxima, para terem as mesmas restrições de presídios federais.
“Na nossa operação identificamos as pessoas que integravam essa organização criminosa que estavam presos e elas estão sendo transferidas para o Presídio de Segurança Máxima, onde elas não vão ter o a nenhuma tipo de celular, nenhum tipo de comunicação. Fazendo com que a organização perca a capacidade”, afirmou o delegado Felipe Rossato, titular da delegacia de Água Clara.
Equipes de delegacias especializadas de Campo Grande e de unidades policiais das cidades próximas, foram até o município nesta terça-feira. A grande quantidade de viaturas, policiais armados e do helicóptero da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), chamou atenção e assustou os moradores da região.
Confira entrevista com o delegado Lupérsio Degerone, Diretor do Departamento de Polícia do Interior e do promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Felipe Almeida: