Para polícia, grupo que amordaçou idosa viajava o Brasil para furtar e4t33
Em Campo Grande, os policiais também tentam descobrir se houve outros furtos pela cidade e se essa foi a primeira vez que eles estiveram em Mato Grosso do Sul p2g4j
A prisão dos quatro homens envolvidos no roubo a uma idosa de 79 anos em Campo Grande, revelou um esquema criminoso sofisticado de furto a condomínios de alto padrão por todo o país. Para o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) os suspeitos detidos em Campo Grande viajavam pelas capitais do Brasil apenas para furtar.

Rick Barreto Oliveira, de 18 anos, Roberto Alves da Silva Quirino, de 20, e Marcello Gouveia do Santos, 24 e Augusto Eleomar Soares de Araújo, de 29 anos, foram presos no Aeroporto de Campo Grande, enquanto tentavam embarcar de volta a São Paulo, cidade em que os quatro moram.
Para chegar a eles, a experiência foi essencial. Assim que receberam as informações do assalto, as equipes da delegacia especializada notou as semelhanças da ação com um caso do ano ado: em fevereiro um apartamento da rua Euclides da Cunha foi invadido e várias joias levadas; quatro homens foram presos e confessaram que eram de São Paulo, mas estavam na cidade para furtar.
Antes da prisão de fevereiro, os suspeitos estavam no Ceará para o mesmo motivo: assaltar edifícios de luxo.
Imagens das câmeras de segurança foram apreendidas e as equipes fizeram contato com a polícia de São Paulo. Em pouco tempo tinham os nomes dos envolvidos no crime. Os quatro foram encontrados no aeroporto e tentaram fugir assim que viram os investigadores.
Desta vez, os autores não eram os mesmos e ligação com o furto do ano ado ainda é apurada, mas segundo o delegado Guilherme Scucuglia, uma das hipóteses que é os presos tenha aprendido “o modo de furtar” com os investigados de 2021 e também viajam o país para invadir e condomínios de luxo.

O estilo de vida dos quatro suspeito, alias, mostra bem como eles gastavam o dinheiro dos crimes: investindo neles mesmo. Roupas de marca, tratamentos dentários na casa dos R$ 15 mil, viagens constantes pelo país de avião. Era justamente pela aparência de “bons moços” que os criminosos conseguiam entrar nos condomínios.
Os alvos, afirmaram, eram aleatórios e as casas eram escolhidas pela facilidade, “apartamentos abertos ou vazios”. Apesar disso, o roubo ao apartamento da idosa foi o primeiro em que a vítima foi rendida, os outros em que eles já foram identificados como autores, são investigados como furto.
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Em Campo Grande, os policiais também tentam descobrir se houve outros furtos pela cidade e se essa foi a primeira vez que eles estiveram em Mato Grosso do Sul. Além do roubo, o grupo tentou invadir outro apartamento de luxo, mas não teve sucesso. Furtaram três anéis e um relógio da vítima de 79 anos, os três primeiros foram recuperados, o último ainda é procurado pela polícia.
Já os suspeitos, todos possuem agens pela polícia. Um deles soma várias prisões por furto no Rio de Janeiro e ainda estava com uma identidade falsa. O mais novo deles, Rick Barretos, comete crimes da mesma natureza desde os 13 anos.
Diferente dos “criminosos locais”, os quatro tentaram fugir e foram violentos com os policiais, mesmo desarmados. “Todos eles resistiram violentamente. O que não é comum em criminosos locais e exige uma ação mais firma da polícia. Aqui no Mato Grosso do Sul a gente está fazendo um trabalho massivo de investigação contra esses criminosos que vem de outros estados”, explicou o delegado.