Operação Guaporé: polícias do Brasil e da Bolívia destroem refinaria de cocaína e prendem 4 54g71
Capacidade era de refinar 2 toneladas de droga por semana que seria enviada ao Brasil 5j4l3t
A polícia boliviana, a Polícia Federal e o Gefron (Grupo Especial de Fronteira) destruíram, em uma operação nessa segunda-feira (28), um laboratório de refino de cocaína no Parque Noel Kempff, na Bolívia, a 1,8 km da fronteira com o Brasil. A capacidade era de refinar aproximadamente 2 toneladas de droga por semana, que seria enviada a território brasileiro.

As ações fazem parte da Operação Guaporé e tiveram apoio ainda do Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas). Um colombiano, dois bolivianos e um brasileiro foram presos em flagrante e levados para a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra.
Segundo a PF, essa era uma das maiores estruturas usadas para o refino de cocaína já desarticuladas na região. A refinaria tinha duas pistas de pouso – uma delas aparentava ter sido inaugurada recentemente. O o ao local era pelo Rio Guaporé e pelo Córrego do Espeto.

Na área foram encontrados, além de cocaína, material para o refino, um destilador, um gerador enterrado no subsolo, um depósito de combustível, redes, uma espécie de dormitório, televisão, geladeira fogão e um refeitório. Havia ainda um sistema de internet via satélite e radiocomunicadores.
A droga apreendida ainda vai ser pesada na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra.
Investigação 165146
O Gefron e a PF em Cáceres estavam recebendo, há dois anos, informações de que na região do Rio Guaporé, perto de Comodoro, haveria uma refinaria de cocaína. Esse laboratório ficaria em território boliviano, a menos de 2 quilômetros da fronteira, onde teria pousos de pequenos aviões toda semana.
Na região foram feitas diversas apreensões de drogas no período. E, em julho de 2021, foi encontrada uma grande quantidade de produtos para a fabricação de pasta base e cloridrato de cocaína, o que chamou a atenção das forças de segurança locais.
Durante as investigações, percorrendo as margens do Rio Guaporé, os policiais descobriram uma pequena estrada que levava até uma barranca do rio, levantando a suspeita de que aquela poderia ser uma rota para a refinaria.
A PF acionou, por intermédio da CGPRE (Coordenação-Geral de Polícia de Repressão a Drogas, Armas, Crimes contra o Patrimônio e Facções Criminosas), o adido policial brasileiro em La Paz.
Então, a Felnc (Força Especial de luta contra o Narcotráfico) da Bolívia foi enviada ao local na segunda-feira. Ao mesmo tempo, equipes da PF e Gefron se posicionaram na fronteira, às margens do Rio Guaporé, enquanto o Ciopaer fez o transporte dos policiais brasileiros, por se tratar de local de difícil o.
Transporte 6d3760
A principal hipótese é de que a pasta base de cocaína fosse levada de avião até o laboratório, em grandes quantidades, e que ali fosse refinada até se transformar em cloridrato de cocaína – cocaína em pó.
Depois era embalada, colocada em barcos ou caminhonetes, e chegava ao Brasil por meio do rio Guaporé. Após essa etapa, era embarcada para caminhões em Comodoro.
Segundo a PF, as investigações da Operação Guaporé continuam para identificar os envolvidos no refino ou no transporte da droga ao Brasil, além das rotas utilizadas e o destino final da cocaína.
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