Operação Fiat Lux: PF e PRF miram quadrilha que clonou 3,3 mil veículos do Exército 694u56

Ao todo 82 mandados de busca e apreensão e seis de prisão 3z6l4h

Quadrilha responsável por clonar mais de 3,3 mil viaturas do Exército Brasileiro é alvo da Polícia Federal e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Mato Grosso do Sul e outros 10 estados nesta quinta-feira (24). Em Campo Grande, um dos endereços visitados pelas equipes na operação denomina Fiat Lux, fica na Avenida Ana Rosa Castilho Ocampo.

Veículos de luxo foram apreendidos durante operação deflagrada nesta quinta (Foto: Divulgação/PF)
Veículos de luxo foram apreendidos durante operação deflagrada nesta quinta (Foto: Divulgação/PF)

Segundo divulgada nesta manhã, são cumpridos ao todo 82 mandados de busca e apreensão e seis de prisão. Os alvos estão em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Goiás, Paraíba, Ceará, Paraná, Pernambuco e Maranhão.

Não foram divulgados quantos sul-mato-grossenses são alvos da ação, ou as cidades em que os policiais atuam nesta manhã, mas leitores do Primeira Página relataram que desde as primeiras horas do dia, policiais estão em uma casa da Avenida Ana Rosa Castilho Ocampo, em Campo Grande.

As equipes também estiveram em uma casa do Residencial Damha. Conforme informações preliminares, no local foram apreendidos carros de luxo.

Detalhes serão reados em uma coletiva de imprensa realizada em São Paula, às 10 horas.

A fraude 486i2w

O grupo começou a ser investigado no fim de 2020, após a polícia descobrir a clonagem de viaturas do exército. Os números dos chassis dos veículos oficiais eram utilizados ilegalmente para obter documentos legítimos e assim legalizar carros roubados e furtados. Isso só era possível porque servidores do Detran e de despachantes integravam a quadrilha.

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Conforme a investigação, esses servidores e despachantes também inseriam no Sistema Federal de Registro de Veículos Automotores, veículos comprados na Zona Franca de Manaus – com isenção de PIS e Confins – e os emplacavam indevidamente em São Paulo para burlar a fiscalização.

Com isso, cada veículo – na sua maioria caminhonete – eram retirados com um desconto de R$ 30 a 40 mil, depois eram revendidos sem recolhimento dos impostos. Durante as apurações, foram identificados documentos falsos em aproximadamente 300 automóveis.

Até o momento, a força-tarefa identificou cerca 10 mil adulterações em veículos, 3.300 em viaturas do Exército Brasileiro. O prejuízo causado pelas fraudes identificadas pela Polícia Federal soma mais de R$ 500 milhões.

Apesar disso, ao longo dos 10 meses de operação foram recuperados R$ 35 milhões em veículos, entre eles caminhões, caminhonetes e automóveis de luxo.

Para frear a quadrilha, a justiça determinou o afastamento de 95 servidores do Detran: 85 deles de São Paulo, sete do Tocantins e três de Minas Gerais. Cerca de 20 despachantes também foram afastados de suas funções no Estado de São Paulo.

Neste quinta-feira, o Exército e a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo auxiliam na operação. Os suspeitos podem responder pelos crimes de inserção de dados falsos, financiamento fraudulento, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Como a quadrilha agia 

Conforme explicou o delegado Elmer Coelho Vicenzi, em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta, todo veículo, quando sai da fábrica, recebe uma numeração: o chassi. Esse chassi entra no banco de dados do Renavam, numa parte chamada pré-cadastro, portanto, quando é vendido para o Exército ou alguma empresa que não emplaca, ele não dá continuidade no sistema do Renavam, não é feito cadastro.

Os criminosos utilizam essa brecha para obter os chassis que não serão emplacados e am a usar para emplacar carros roubados ou de “papel”.

Durante as investigações, as forças policiais descobriram que uma das principais mineradoras do país, havia sido prejudicada pela quadrilha. “Identificamos cinco veículos da empresa Vale, mineradora, grandes caminhões, cada veículo avaliado em 500 mil, que não foram emplacados. Quando a Vale foi emplacar em outra atividade, descobriu que havia sido emplacado fraudulenta”, explicou.

Investigações ainda apontam que apenas umas das empresas investigadas teria participação em cerca de 20% das ações fraudulentas. Entre os servidores do Detran afastados, uma é investigada por ter mais de 60 participações. Os policiais encontraram diversos envelopes com dinheiro e nominais, na casa da servidora.  

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