Ocupação teve confronto e 3 indígenas presos em Rio Brilhante 27491v

Os policiais militares utilizaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para tentar despejar os indígenas, mesmo sem ordem judicial de reintegração de posse 1b1a6g

Três indígenas Guarani e Kaiowá foram presos em confronto com a Polícia Militar nesta sexta-feira (3), durante a ocupação da Fazenda do Inho, em Rio Brilhante, município a 160 quilômetros de Campo Grande. O trio foi autuado por desobediência, esbulho possessório e resistência, mas só deve ser interrogado na manhã deste sábado (4), cerca de 24 após a prisão, conforme a delegada Danielle Felismin. A delegada não justificou o porquê da demora para realizar a oitiva.

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Conforme a Polícia Militar, os indígenas enfrentaram os militares com arco e flecha e facas. Os policiais utilizaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para tentar despejar os indígenas, mesmo sem ordem judicial de reintegração de posse. Nesta tarde, a PM havia informado que estava no local apenas para evitar conflitos.

Os policiais foram acionados pelo proprietário da fazenda, Jair Raul das Neves Júnior, de 61 anos. À Polícia Civil, o fazendeiro informou que o seu funcionário foi expulso da propriedade pelos indígenas, por volta das 3h. Os Guarani e Kaiowá teriam roubado botijão de gás da propriedade e trancado o portão da fazenda, impedindo o o a 280 hectares de soja, caminhões, colheitadeira e tratores.

Conforme a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), o Ministério Publico Estadual já acompanha a prisão e a Defensoria Pública também foi acionada. Representante da Funai (Fundação Nacional do Índio) e o assessor jurídico do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Anderson de Souza Santos, também estiveram na delegacia de Rio Brilhante.

“Os indígenas levantaram barracos de lona e se estabeleceram no local. Ocorre que a Polícia Militar já está no local ameaçando despejá-los sem ordem judicial. No último episódio que isso ocorreu, o indígena Vitor Fernandes foi assassinado e dezenas de pessoas foram feridas na retomada Guapoy, em Amambai, em junho de 2022”, comentou o assessor.

Os indígenas Guarani e Kaiowá afirmam que a fazenda é parte do território Laranjeira Nanderu e está inserida em processo de demarcação pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Vídeos do local, mostram que o grupo de acampados está próximo à sede da fazenda, o que aumenta o risco de embate entre os fazendeiros e o povo originário, problema crônico em Mato Grosso do Sul.

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Barracos montados pelos indígenas. (Foto: Canal Aberto)

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