Motorista detido por injúria racial contra PM tem fiança quadruplicada e valor chega a R$ 10 mil 1w2g4x
Magistrada considerou injusto o valor arbitrado pela delegada e enfatizou o poder aquisitivo do homem v1833
O homem de 38 anos que cometeu um ato de injúria racial contra um policial militar em Três Lagoas teve a fiança quadruplicada pela juíza Daniela Endrice Rizzo, da 3ª Vara Criminal do município e agora deve pagar R$ 10 mil se não quiser voltar à prisão.

O valor inicial, atribuído pela delegada que acompanhou o caso, era de R$ 2.424, mas a juíza considerou o valor injusto, diante da capacidade financeira do homem.
“As circunstâncias dos fatos demonstram que o valor arbitrado pela autoridade policial é desproporcional e injusta, diante da capacidade financeira do autuado. Com efeito, segundo as palavras do próprio autuado, este ‘tem dinheiro, ganha muito mais que os policiais militares, seu pai tem dinheiro, pode colocar qualquer valor que paga’, diante disso, arbitro a fiança no valor de 10.000,00 (dez) mil reais”, escreveu a juíza no documento oficial.
O homem já havia pago o valor da primeira fiança, mas foi intimado pela juíza a pagar mais R$ 7.576 mil, pouco mais de seis salários mínimos, se não quiser ser preso novamente. Ele tem prazo de cinco dias para realizar o pagamento. Caso contrário, a prisão preventiva será decretada.
O caso 214q29
Um policial militar, de 33 anos, foi vítima de um ato de injúria racial durante uma abordagem na noite de domingo (22) em Três Lagoas. O suspeito de 38 anos foi preso em flagrante e deve responder por ameaça, desacato, além de injúria racial.
Conforme as informações do boletim de ocorrência, por volta das 22h os militares viram quando o condutor de uma Dodge Ram cantou pneu ao ver a viatura da PM na Rua Antônio Trajano, no centro da cidade.
O motorista foi abordado pelos militares e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ao ser informado que seria conduzido para a delegacia, o condutor começou a ofender um dos militares.
Ele teria dito, dentre outras coisas que, “é por negão igual a você que o Brasil não vai para frente”, que a família tinha dinheiro e ele mataria o policial, cortando o pescoço dele.