Morto em operação havia sido preso por tráfico e por queimar caminhão 6r70u
Matheus era alvo de busca e apreensão, mas reagiu a ação policial e foi ferido a tiros. Chegou a ser socorrido até o hospital de Água Clara, mas não resistiu 5hf2t
Foi identificado como Matheus Santos Carvalho, de 23 anos, o criminoso morto em confronto com a polícia durante a Operação Expurgo, realizada em Água Clara – cidade a 181 quilômetros de Campo Grande – na manhã desta terça-feira (18). A ação visa desestruturar uma facção criminosa com forte atuação dentro e fora dos presídios, apontada como responsável por diversos crimes no município e já prendeu 21 pessoas só nesta manhã.
Matheus era um dos alvos de mandado de busca e apreensão, por isso as equipes foram até a casa dele, na rua Corina da Silva Prado, nas primeiras horas do dia. “Houve um confronto com uma pessoa que seria o suposto detentor das armas da facção criminosa. Ao a equipe entrar no local, ele resistiu de forma ativa, acabou sendo alvejado e veio a óbito”, explicou o delegado Felipe Rossato. Confira entrevista:
Conforme apurado pelo Primeira Página, Matheus já foi preso no ado e respondia a dois processos na justiça; um por tráfico de drogas e o outro de incêndio.
O primeiro caso investigado foi o envolvimento do rapaz com o tráfico. Em março de 2019, ele e outras três pessoas foram presas com porções de maconha e cocaína. Ele se tornou suspeito depois de ir até a casa de dois traficantes no mesmo momento em que a polícia estava no local. Naquele dia, as equipes também foram até o endereço do jovem e lá apreenderam mais droga.
Matheus, no entanto, não ficou muito tempo preso. No ano seguinte, em junho de 2020, ele foi preso ao lado de um caminhão pegando fogo sob suspeita de ter incendiado o veículo nem frente a Delegacia de Polícia Civil da cidade.

Consta na denúncia do Ministério Público Estadual que policiais militares flagraram o rapaz e um comparsa ao lado do caminhão pegando fogo. Eles desconfiaram da atitude dos dois e os pararam. Um isqueiro foi apreendido e vídeos do incêndio foram encontrados no celular de Matheus.
Nas imagens gravadas por ele, os dois comemoram o crime e Matheus chega a dizer: “olha o que nóis faz, 1533 em frente a Delegacia”. O número citado pelo suspeito faz referência ao nome da facção criminosa, mas em depoimento, ele negou ser integrante do grupo, mas sabia que fazia alusão a ele no vídeo.
Apesar de alegar inocência e reforçar que estava sob efeito de drogas quando fez o vídeo do incêndio, na época a polícia achou fotos do rapaz com armas. Matheus e o comparsa receberam a liberdade em fevereiro do ano ado.

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Segundo a Polícia Civil, a operação chamada “Expurgo” apura crimes de tráfico de drogas, lavagem de capitais e posse de arma de fogo, cometidos em pelos integrantes da facção que nasceu no sistema prisional de São Paulo. Consta que o grupo criminoso “tinha como principal área de atuação a cidade de Água Clara” e que a maioria dos integrantes estavam presos, mas continuavam mandando orientações para os comparsas soltos.
Por isso, mandados foram cumpridos nos presídios de Campo Grande e Três Lagoas. As celas dos suspeitos foram vistoriadas. Os internos serão transferidos para o Presídio de Segurança Máxima.
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As investigações começaram no fim do ano ado. Nesta terça-feira (18) as equipes foram as ruas para cumprir 26 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão. Até o fim da manhã, 21 pessoas foram detidas, três adolescentes apreendidos. Além disso, três armas, porções de drogas, munições e R$ 5 mil em dinheiro, foram recolhidos pela polícia.
Ao longo dos meses de investigação, 26 pessoas já haviam sido presas. Quilos de maconha, cocaína e crack, dinheiro, veículos, munições e celulares, também foram apreendidos.