Mato Grosso é alvo de operação contra grupo que planejava atentado no show de Lady Gaga f725h
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos em 4 estados, desarticulando um grupo radical que recrutava adolescentes e promovia conteúdos extremistas. 1h6u6x
Uma operação nacional contra extremismo virtual teve desdobramentos em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, neste sábado (3). A ação foi motivada por uma ameaça de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, no Rio de Janeiro, no mesmo dia.

A operação, batizada de Fake Monster, em alusão aos fãs da artista, que se chamam “little monsters”, foi coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
De acordo com a Polícia Civil, em Mato Grosso foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Um adolescente de 15 anos foi apreendido durante a operação. No local, os policiais também recolheram equipamentos eletrônicos, como celular e computador, que serão encaminhados à Delegacia do Rio de Janeiro para análise.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra nove pessoas em quatro estados:
- Campo Novo do Parecis (Mato Grosso);
- Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé (Rio de Janeiro);
- São Sebastião do Caí (Rio Grande do Sul);
- Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (São Paulo).
Durante a operação, foram encontrados dispositivos eletrônicos e outros materiais que ajudaram a comprovar a relação do grupo com a disseminação de conteúdos extremistas e discursos de ódio.
O avanço das investigações sobre um grupo que usava redes sociais para promover ódio, pedofilia, automutilação e violência, além de recrutar adolescentes para ações radicais.

Segundo a polícia, os integrantes tratavam os planos como um tipo de “desafio online”, com instruções para o uso de explosivos improvisados, como coquetéis molotov.
Um dos objetivos mais recentes do grupo seria justamente atacar o show da cantora pop no Rio.
Durante a operação, um homem foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma, e um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.
As investigações apontam que o grupo incentivava a radicalização de menores e promovia discursos de ódio, com foco em crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. As redes sociais eram usadas como principal canal para aliciamento e disseminação dos conteúdos ilegais.
Participaram da operação agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e o Ciberlab, laboratório especializado do Ministério da Justiça em crimes cibernéticos.