Investigação indica que mulher premeditou ataque a tatuador 644h20
0 delegado Felipe Alvarez Madeira foi até a Santa Casa para ouvir Leandro pela primeira vez; ele contou detalhes sobre a relação e revelou que já tinha ameaçado 5c6j5x
O depoimento do tatuador Leandro Coelho, de 30 anos, revelou que antes de ser gravemente ferido pela ex-namorada, foi ameaçado por ela. Tomada pelo ciúme, Sônia Obela de 41 anos afirmou que queria que o companheiro ficasse cego para nunca mais ver outras mulheres. Hoje, ele está internado na Santa Casa de Campo Grande com lesões permanentes nos olhos.

Na noite de quarta-feira (22), Leandro teve o rosto desfigurado por uma substância corrosiva, provavelmente soda cáustica, que fez com que perdesse a visão e tivesse lesões no rosto mesmo vestido com um capacete.
Nesta tarde, o delegado Felipe Alvarez Madeira foi até a Santa Casa para ouvir Leandro pela primeira vez. Para a polícia, o tatuador contou detalhes sobre a relação com Sônia. “Ele disse que ela tinha muito ciúme, ciúme das clientes, perseguindo as clientes para saber o que faziam”, contou o delegado.
Segundo Madeira, a substância agiu muito rápido. “Uma jarra de 1,5 litro da substância. Logo que ela jogou e ele parou de enxergar. Ele ficou realmente cego, relata que ele não consegue distinguir as formas, enxergar o rosto das pessoas. Enxerga só vultos”.
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Para o delegado, o tatuador afirmou que ao terminar o relacionamento ouviu que ex-companheira que “ela estava rezando a Deus para que ele ficasse cego”, tudo para que não visse mais mulheres ou tatuasse elas. “Diante disso, ficou explicita a intenção de fazer ele ficar cega”. Com o depoimento da vítima, o crime investigado mudou para lesão corporal gravíssima.
Enquanto isso, Sônia continua desaparecida. A polícia já identificou que a mulher mudou o nome nas redes sociais e que “tinha a intenção de sair de Campo Grande”. Até o momento, ela não foi encontrada.
Conforme apurado pela reportagem, a mulher fez vários perfis no Facebook, vários deles são cheios de fotos com Leandro e dois estão em nomes diferentes.
O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil.