Investigação: dona de berçário presa por maus-tratos teria deixado crianças sem comida 2h5p6y
Presa por suspeita de maus-tratos e tortura, a dona de um berçário em Canarana, a 838 km de Cuiabá, teria agredido e deixado crianças sem comida, e feito um bebê ingerir o próprio vômito. É o que aponta a investigação da Polícia Civil sobre o caso. O inquérito já foi concluído. A creche em questão é a única do município com crianças a partir de 6 meses de idade.

Segundo as investigações, Marisa Portela teria dado tapas e chineladas em diversas partes do corpo das crianças, incluindo o rosto, e puxões de orelha. Há relatos ainda de que chegou a deixar as vítimas sem comer, como forma de castigo por chorarem demais, e que fazia um bebê com refluxo ingerir o próprio vômito.
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Suspeita de maltratar crianças em berçário é presa pela Polícia Civil
Delegado responsável pela investigação, Deuel Paixão informou que o inquérito foi aberto no início deste mês, depois que a polícia recebeu denúncias de funcionárias do berçário e da mãe de uma bebê de oito meses que ficava na creche. Ela e as cuidadoras, menores de idade, fizeram boletim de ocorrência contra a proprietária.
A polícia teve o a vídeos, feitos pelas funcionárias da creche, da mulher cometendo os crimes. Há também fotos e relatos de sinais de agressões nas crianças ocorridos em diversos períodos. Cerca de 20 pessoas foram ouvidas na investigação, que ocorreu em sigilo.
A suspeita foi indiciada por tortura e teve a prisão decretada pela Justiça. Ela foi presa na segunda-feira (23), em uma residência na zona rural de Canarana, e encaminhada para a Cadeia Pública Feminina de Nova Xavantina.
Outro lado 31e
O advogado de Marisa, Blainy Danilo Matos, disse que esse é um caso que causa comoção social, mas que os fatos divulgados não são “totalmente verdadeiros” e que a defesa vai se manifestar nos autos, para que seja comprovado que “aqueles fatos apontados não são realmente como ocorreram.
“Existem nuances que foram postas que não se classificam na forma como que consta da denúncia”, disse. Afirmou ainda que não pode se aprofundar no assunto porque o caso está em segredo de justiça.