Indígena diz que polícia cercou grupo por terra e ar 131h1v
O grupo de indígenas estava desde maio em uma área próxima da fazenda que foi invadida. 5n4d20
O indígena Júnior Anderson Barbosa, 25 anos, participa do grupo da etnia Guarani Kaiowá que luta pela retomada da aldeia Guapoy, em uma propriedade rural de Amambai, distante 338 km de Campo Grande, que entrou em conflito com o Batalhão de Choque na manhã desta sexta-feira (24).
Segundo ele, a polícia utilizou drones para localizar o grupo indígena e após o conflito usa um helicóptero não caracterizado para vigiá-los. Além disso, uma equipe de policiais estaria na frente da fazenda invadida cercando-os.
Um helicóptero branco foi visto sobrevoando a área. O Grupamento Aéreo da Polícia Militar confirmou o envio de uma aeronave com 12 militares para ajudar na segurança da região.
Barbosa disse ainda que não ocorreram mortes e que os feridos já foram socorridos. “Neste momento há uma pessoa desaparecida. Ele foi colocado dentro do camburão”, afirmou o indígena sobre um ferido no braço.
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O indígena contou que nenhum policial foi ferido foi ferido porque eles não tinham armas na aldeia. “Só há mulheres e homens adultos no grupo”, afirmou. Mas a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) confirmou três policiais feridos, que foram atendidos no Hospital Regional de Ponta Porã.
De acordo com o Barbosa, o conflito aconteceu por volta das 8h da manhã, por 15 homens do Batalhão do Choque e 10 policiais militares. Os indígenas estão aguardando a Polícia Federal chegar. Sobre o funcionário da Funai (Fundação Nacional dos Índios), ele afirma que a permanência foi por vontade própria.
Policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) estão no local dando apoio à segurança.
As informações já levantadas apontam que uma propriedade rural do município, que fica dentro do território ancestral de Tujury Guapo’y Mirin, foi ocupada por um grupo de indígenas Guarani Kaiowá na noite de quinta-feira (23).
