Guerra entre facções pode ter levado grupo armado a presídio 726z45
Matheus e Lucas respondem por porte ilegal de arma e associação criminosa e devem ar por audiência de custódia nesta terça-feira 406d71
A guerra entre facções pode ser o motivo que levou quatro homens armados para frente do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira de Regime Semiaberto na manhã desta segunda-feira (17), em Campo Grande. Dois deles acabaram presos por policiais militares com pistolas dentro de um HB20 e outros dois estão foragidos.

Matheus Pires e Lucas França foram detidos em flagrante depois que os militares resolveram abordar o carro em que eles estavam. Os quatro homens estavam parados em frente ao presídio, perto do horário em que os internos do regime semiaberto são liberados para o trabalho.
Enquanto os comparsas escapam pelo mato, a dupla foi levada ao Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e lá, tentaram explicar o motivo de estarem armados de “tocaia”.
Várias versões foram contadas pela polícia, inclusive a de que estavam ali para fazer a segurança de um preso, mas a “história final” foi a de que os quatro suspeitos foram a Gameleira para matar um inimigo; eles pertenceriam a um grupo criminoso rival ao do alvo e estavam lá para cometer um atentado em nome da facção.
“A intenção deles era atuar para matar um desafeto deles, esse desafeto seria inimigo de facção deles e o motivo das armas era esse”, reforça o delegado Guilherme Scucuglia. Todos os detalhes reados pelos presos agora é checado pela polícia, como a que facções cada um pertence, o verdadeiro motivo do crime e até a ligação dos envolvidos com outros crimes parecidos.

Enquanto isso, Matheus e Lucas permanecem na delegacia especializada. Os dois são defendidos pelo advogado Amilton Ferreira. Para a reportagem o defensor revelou que os clientes optaram por falarem apenas em juízo, por isso, não devem contar nada sobre o crime em depoimento oficial na delegacia, marcados para a tarde desta segunda-feira.
No entanto, Matheus é motorista de aplicativo e alegou que estava trabalhando no momento da prisão. A mãe do rapaz, que preferiu não se identificar, também estava na delegacia e contou que o filho sai todas as noites e para de dirigir por volta das 6 horas. Nesta manhã, ele ou do horário e por isso resolver ligar. Quem atendeu, no entanto, foi a polícia, informando sobre a prisão.
Apesar dessa versão, o delegado Guilherme Scucuglia adiantou que Matheus confessou que a corrida não foi feita em aplicativo e que ele sabia a finalidade da ida até o presídio.
Os dois suspeitos foragidos são procurados pela polícia. “Não estamos tentando identificar eles através do serviço de inteligência e de informações que levantamos até agora”, explicou o delegado.
Matheus e Lucas, segundo o advogado, respondem por porte ilegal de arma e associação criminosa e devem ar por audiência de custódia nesta terça-feira (18).