Família questiona versão de mulher que matou companheiro e pede respeito 111x2d

Em nota enviada a imprensa, a advogado José Belga reforça que a há inúmeros indícios de que a versão da autora do crime não se sustenta 226h15

A família de Carlos Henrique de Oliveira, de 42 anos – esfaqueado até a morte pela companheira na madrugada de domingo (26) – contestou a versão do crime contada por Josiley Fernandes Ribeiro, de 43 anos e pediu “respeito à memória” do vendedor diante de uma “enxurrada” de críticas e ofensas que são feitas nas redes sociais desde o dia em que o caso foi divulgado.

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Josiley não fugiu depois do crime, ficou ao lado do corpo do marido e foi presa (Foto: Redes Sociais)

O pedido veio pelo advogado da família, José Belga Assis Trad, que será assistente de acusação no processo. Em uma nota enviada a imprensa, o defensor reforça que a “há inúmeros indícios de que a versão da autora do crime não se sustenta”.

Quando foi presa, Josiley contou que agiu em legítima defesa, enquanto era agredida pelo homem com quem morava há alguns meses. Eles estavam juntos há quatro anos, mas naquela noite, a mulher saiu sozinha com um casal de amigos. Chegou em casa por volta das 4 horas e encontrou Carlos com um amigo.

Segundo Josiley, na hora em que abriu a porta, Carlos começou as agressões. Primeiro, empurrou a amiga dela, para tirá-la do caminho, depois a segurou pelo pescoço e tentou sufocá-la. Tudo aconteceu perto da cozinha e no meio da confusão, conseguiu pegar uma faca para se defender. Na delegacia, falou que não lembrava quando golpes deu no companheiro porque sofreu um “apagão”.

A amiga que estava com a autora confirmou parte da história. Falou que Carlos partiu para cima das duas logo que chegaram no apartamento, mas que a pessoa que estava com a vítima conseguiu impedir que o vendedor continuasse as agressões a Josiley. Ela então correu até a cozinha e pegou uma faca, “aparentemente descontrolada”.

Por medo, a mulher se escondeu, mas do lado de fora, o namorado dela presenciou o “resto” do crime. O homem explicou que esperava a companheira quando começou a ouvir os gritos da briga. Pouco depois Carlos apareceu com o peito ensanguentado, pedindo para chamar socorro. “Tô morrendo”.

Ferido, ele deitou na calçada a espera de ajuda, mas Josiley veio logo atrás e deu novos golpes de faca no companheiro, enquanto ele pediu para que ela não o matasse.

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Ataque nas redes sociais 301v53

Segundo o advogado, depois que a versão da autora foi divulgada, Carlos está sendo cruelmente atacado. Ofensas que não condissem com a verdade.

“Comentários como os que reverberam a versão da autora do crime enquanto a vítima agonizava no chão são insensíveis em relação à sua memória e ao luto de seus inúmeros familiares e amigos, que no momento buscam encontrar alívio para o seu sofrimento enquanto são bombardeados com comentários de cunho extremamente desrespeitoso sobre a sua índole e seu comportamento, que não coadunam com a verdade”.

Quem convivia com a vítima, conta que o relacionamento com Josiley era marcado pelo ciúme e por idas e vindas. Essa sequer era o primeiro crime entre os dois. No fim de 2021 a mulher já tinha esfaqueado o namorado depois de levar um tapa no rosto durante uma discusão.

A briga aconteceu na mesma situação que o assassinato: após uma noite de bebedeira e na frente de amigos. Na época, a mulher chegou a ser levada para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, mas recusou medida protetiva, afirmou que não queria separar de Carlos e reforçou que até aquele dia a relação era harmoniosa.

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Carlos chegou a pedir socorro, mas foi golpeado mais vezes e não resistiu (Foto: Redes Sociais)

“Carlos Henrique de Oliveira era filho, irmão, sobrinho, neto e amigo de pessoas que muito o amavam e respeitavam, com quem ele nutria relações de profunda iração e carinho, o que sempre deu o tom de suas trocas, conforme os relatos de dezenas de pessoas que com ele conviviam. Pedimos respeito a sua memória, responsabilidade e compromisso com a apuração isenta dos fatos”.

Josiley não fugiu depois do crime; após matar Carlos, sentou no meio-fio ao lado do corpo e esperou a polícia. Preso em flagrante, ela ou por audiência de custódia nessa segunda-feira (27) e teve a liberdade decretada, com a condição de que ela mantenha o endereço atualizado e compareça a todas as fases do processo.

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