Escravidão: Casal de trabalhadores é resgatado de chiqueiro às margens do Rio Paraguai 5tv5w

O dono da propriedade e os dois filhos dele foram presos em flagrante 5c3z50

Um casal que vivia em situação análoga à escravidão foi resgatado pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (16) em Corumbá – cidade a 446 quilômetros de Campo Grande. Os trabalhadores viviam em um chiqueiro às margens do Rio Paraguai e precisavam pagar pela “estadia” e por tudo que comiam na propriedade.

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Casal morava nas margens do Rio Paraguai (Foto: Polícia Civil)

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Conforme o delegado Nicson Lenon Cruz Galisa, a polícia descobriu o crime durante as investigações de um homicídio que ocorreu na região na semana ada. Em uma conversa sobre o assassinato, as equipes perceberam que o casal vivia em um chiqueiro, para tomar banho e beber água, contava apenas com o rio, não tinha banheiro e pagava por tudo o que consumia e, por causa da dívida, não conseguia “fugir” da situação.

“Houve um homicídio semana ada e em diligência chegamos a esta fazenda. Conversando com o casal, percebemos que eles estavam em uma situação degradante. Hoje, fomos para resgatá-los. Eles estavam dormindo no chiqueiro, bebiam água do rio e o patrão cobrava pela estadia, já que estavam se alimentando com alimentos do patrão. Os patrões cobravam tudo para manter eles aqui. Situação bem precária e triste”, explicou o delegado.

Para a reportagem, a mulher, que tem 38 anos, relatou que quando ela e o marido, de 24 anos, chegaram a propriedade fizeram um acordo para receber R$ 60,00 por hectare roçado. Esse pagamento dos serviços, no entanto, nunca foi feito. Pelo contrário, os patrões começaram a cobravam pelo que “mandavam” às vítimas e por isso, elas já somavam uma dívida de R$ 2 mil.

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As vítimas moravam em um chiqueiro e sobreviviam com o que os patrões enviavam (Foto: Polícia Civil)

Essa “dependência” dos patrões – um homem de 63 anos e os dois filhos – acontecia porque a área em que às vítimas trabalhavam era isolada e precisava de um barco para a locomoção. Como não tinham, contavam com o que os autores levavam a eles para se alimentarem.

“Eles eram bravos, a gente pedia ajuda e nunca vinham resolver. O combinado era pagar para roçar por hectare. Eles falavam que deviam para eles, cobravam até a comida. Eu dormia debaixo de mosquitos, três meses muito tristes. Sempre que chovia o barraco inundava”, relatou a vítima.

Os donos da propriedade – o pai e dois filhos – foram presos em flagrante pelo crime de reduzir alguém a condição análoga à escravidão, que tem pena de 2 a 8 anos. Os nomes dos autores não foram divulgados pela polícia. Após resgatadas, às vítimas foram encaminhadas para o serviço de assistência social.

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