Entenda como estava ação penal contra PM achado morto em Campo Grande 1v5k

Laudo não comprovou a violência sexual, mas segundo a Deam, outras provas foram determinantes para o caso; Giron já era réu pelo crime na justiça de Campo Grande 4e5l3

O policial militar Israel Giron Arguelho de Carvalho, de 32 anos, investigado pelo estupro de uma frentista em agosto deste ano, já era réu pelo crime.

A decisão da justiça foi baseada nas investigações da Deam (Delegacia Especializa de Atendimento à Mulher), ainda que o laudo do exame de corpo de delito não tenha encontrado vestígios de lesão na vítima. É que outras provas foram encontradas, como você vai ver neste texto.

Cartaz sobre velório do policial Israel Giron Arguelho Carvalho.
Cartaz virtual informa sobre velório de policial. (Foto: redes sociais)

Nessa terça-feira (17), Giron foi encontrado morto em uma residência no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

As informações sobre a investigação foram readas em nota pela Polícia Civil nesta quarta-feira (18), diante da comoção que o caso provocou, incluindo o questionamento sobre a responsabilização do policial pelo crime.

O caso foi denunciado pela própria vítima no dia 8 de agosto. No dia 14, as investigações levaram a equipe especializada até o policial militar.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a investigação do crime resultou em 300 páginas de inquérito, que foi enviado à Justiça e serviu de base para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciar o policial por estupro, e a Justiça receber a acusação, transformando-o em réu.

Apesar de o laudo de corpo de delito não apontar lesão vaginal, outras provas foram reunidas, entre elas, esperma encontrado nas roupas da vítima.

“Foram ouvidas testemunhas, apreendido o celular da vítima e diante do material colhido, no dia 10/08/2023 representou-se pela busca no veículo e pela prisão, que foram concedidas pelo Poder Judiciária no mesmo dia, diante da materialidade e da justa causa do crime comprovada por inúmeras provas nos autos. Tanto o mandado de busca quanto o de prisão foram cumpridos no dia 11/08/2023, e em seguida ele foi encaminhado ao presídio militar.

No carro do suspeito foi encontrado o relógio da vítima, que em todos os depoimentos prestados manteve a versão inicial, não apresentando qualquer controvérsia em relação às versões anteriores. De acordo com a vítima, ela não conhecia e não tinha qualquer envolvimento com o suspeito e que foi obrigada a manter relação sexual com ele mediante ameaça, não havendo violência física, mas coação, por apresentação de arma de fogo, do tipo pistola.”.

Nota da Polícia Civil

Diante das provas, a denúncia foi aceita pelo juiz responsável pelo caso e Giron se tornou réu, ou seja, seria julgado pelo crime.

“Ressaltamos que todo o procedimento de Polícia Judiciária foi realizado com profissionalismo, isenção e idoneidade, com o único objetivo de apurar rigorosamente os fatos, para não cometer nenhum tipo de injustiça com quem quer que fosse. Salientamos ainda que em nenhum momento a Polícia Civil teve a intenção de expor o policial, macular sua carreira ou causar qualquer dano à sua vida. “.

Nota da Polícia Civil

A reportagem também procurou a defesa do policial e aguarda posicionamento. O velório do policial será nesta tarde, no Cemitério Memorial Park, e o sepultamento está previsto para esta quinta-feira, às 10h30.

Confira na íntegra a nota divulgada pela Polícia Civil: 1g1u

“A Polícia Civil lamenta profundamente a morte do policial militar I.G.A.C., de 32 anos, e nos solidarizamos com a família e amigos neste momento de dor.

Quanto aos questionamentos levantados sobre as investigações feitas pela 1ª DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), no caso em que apura o crime de estupro praticado, em tese, pelo policial militar contra uma mulher de 24 anos em Campo Grande-MS, no dia 08/08/2023, informa que os fatos foram devidamente apurados, tendo o Inquérito Policial sido finalizado com mais de 300 páginas, contendo vasto material probatório, sendo relatado em 07/09/2023 e encaminhado ao Poder Judiciário.

O trabalho investigativo teve início logo após o registro do Boletim de Ocorrência. Pela placa do veículo verificou-se que o carro estava alugado para I.G.A.C. e, posteriormente, constatou-se que se tratava de um policial militar, que nas folgas trabalhava como motorista de aplicativo.

Em consulta aos sistemas policiais, verificou-se o trajeto feito pelo carro, além de terem sido apreendidas imagens de câmeras de segurança, que atestaram que o suspeito esteve nos locais indicados pela vítima.

Foram ouvidas testemunhas, apreendido o celular da vítima e diante do material colhido, no dia 10/08/2023 representou-se pela busca no veículo e pela prisão, que foram concedidas pelo Poder Judiciária no mesmo dia, diante da materialidade e da justa causa do crime comprovada por inúmeras provas nos autos. Tanto o mandado de busca quanto o de prisão foram cumpridos no dia 11/08/2023, e em seguida ele foi encaminhado ao presídio militar. No carro do suspeito foi encontrado o relógio da vítima, que em todos os depoimentos prestados manteve a versão inicial, não apresentando qualquer controvérsia em relação às versões anteriores. De acordo com a vítima, ela não conhecia e não tinha qualquer envolvimento com o suspeito e que foi obrigada a manter relação sexual com ele mediante ameaça, não havendo violência física, mas coação, por apresentação de arma de fogo, do tipo pistola.

Além disso, na calcinha da vítima e na roupa dela foram coletados sêmen, que foram confrontados com o material do suspeito e os exames atestaram ser da mesma pessoa, no caso, ou seja, produzidos por I.G.A.C. Os dois celulares do suspeito também foram apreendidos.

A vítima ou por exame de corpo de delito, que constatou que houve conjunção carnal (penetração), sem a utilização de preservativo, o que possibilitou a coleta do material genético. Não houve dilaceração (lesão) na vagina da vítima porque ela não sofreu agressão física e também não era mais virgem.

Ressaltamos que todo o procedimento de Polícia Judiciária foi realizado com profissionalismo, isenção e idoneidade, com o único objetivo de apurar rigorosamente os fatos, para não cometer nenhum tipo de injustiça com quem quer que fosse. Salientamos ainda que em nenhum momento a Polícia Civil teve a intenção de expor o policial, macular sua carreira ou causar qualquer dano à sua vida.”

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