Empresários que desviaram dinheiro da saúde e educação de MS voltam para cadeia 6k65a
Presos na primeira fase da operação, os dois suspeitos conseguiram a liberdade em pouco tempo, mas continuaram a cometer crimes 2o271
Uma nova fase da operação Turn Off foi deflagrada nesta quinta-feira (6) em Campo Grande. Dessa vez, a ação que revelou um esquema de corrupção dentro das secretarias de educação e saúde de Mato Grosso do Sul busca cumprir duas prisões preventivas e sete mandados de busca e apreensão.

São alvos nesta quinta-feira os empresários Sérgio Duarte Coutinho Júnior e Lucas de Andrade Coutinho, que também foram presos na primeira fase da operação, mas ganharam a liberdade dias depois, com medidas cautelares.
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Segundo informações do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), depois que deixaram a prisão os empresários continuaram a cometer crimes; um deles foi a ocultação de bens que somaram mais de R$ 10 milhões. Por isso, foram novamente detidos.
Os empresários já são réus pela Turn Off e também foram denunciados por fraudes e desvio de dinheiro em diversas compras públicas.
Confira a lista de crimes: 64695t
- Em 2022 foram acusados de desvio de dinheiro público na compra de uniformes escolares pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 5.610.000,00.
- Em 2023, pelo desvio de dinheiro público na compra de produtos médico-hospitalares pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 6.523.977,94
- Em 2024, foram por organização criminosa, corrupção ativa e desvio de dinheiro público na compra de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 13.000.548,00.
- Também em 2024, foram denunciados por fraudes e corrupção em procedimentos de compra de materiais de ostomia para a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande, em um convênio firmado com a Secretaria de Estado de Saúde, no valor de R$ 22.996.305,73.
- Foram denunciados por fraudes, corrupção e desvio de dinheiro público na contratação de empresa pela Secretaria de Estado de Saúde, para emissão de laudos médicos, no valor de R$ 12.330.625,08.
Conforme a investigação, Sérgio Duarte, Lucas de Andrade e Vitor Leite de Andrade, formavam o núcleo de comando de um esquema de corrupção dentro da SES (Secretaria de Estado de Saúde), da SED (Secretária de Estado de Educação) e da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Campo Grande.
Outros cinco envolvidos são apontados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) como facilitadores, ou seja, os ajudavam a vencer as licitações estaduais com produtos superfaturados.
Na época, a operação derrubou o secretário-adjunto da SED-MS (Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul), Edio Antonio Resende de Castro, um dos integrantes do grupo criminoso.