Empresária presa por morte de Renato Nery decide colaborar; marido fica em silêncio 20s40
Casal de empresários preso por encomendar morte de Renato Nery adota estratégias diferentes na investigação v5d6i
Os empresários Julinere Goulart Bastos e César Jorge Sechi, apontados pela Polícia Civil como os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, adotaram posturas opostas diante da investigação. Enquanto Julinere decidiu colaborar e prestará depoimento acompanhada de advogado, César preferiu o silêncio durante o interrogatório.

Ambos estão presos temporariamente desde sexta-feira (9), após decisão judicial que considerou sólidos os indícios de envolvimento no crime, motivado por uma disputa por terras. A diferença de condutas pode indicar estratégias de defesa distintas e até abrir caminho para uma eventual delação premiada por parte da mulher.
Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o casal é suspeito de ter financiado o crime com o pagamento de R$ 200 mil ao policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que teria contratado Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro dele, para executar o assassinato. Heron confessou ter atuado como intermediador e responsável por rear parte do valor e a arma do crime.
Heron e Alex estão indiciados por homicídio duplamente qualificado — por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima — e permanecem presos preventivamente.
Investigação segue com inquérito complementar 5b30i
Embora o inquérito principal já tenha sido concluído com o indiciamento dos autores diretos, a Polícia Civil abriu um inquérito complementar para aprofundar pontos ainda em aberto, como o rastreamento da arma usada no crime, a identificação de todos os intermediários e a origem exata do pagamento feito ao PM.
A delegacia também investiga o possível uso de um confronto forjado para descartar a arma do crime. Quatro policiais militares foram indiciados por fraude processual, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e homicídio qualificado, após a descoberta de que a arma do crime teria sido plantada em uma cena forjada para justificar uma operação policial.
O crime 36r6y
Renato Nery foi executado a tiros no dia 5 de julho de 2024, em frente ao escritório onde trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. O advogado de 72 anos chegou a ser socorrido, ou por cirurgia, mas não resistiu. Ele era ex-presidente da OAB-MT e atuava em causas de regularização fundiária — contexto que, segundo a polícia, está ligado à motivação do crime.
🔍 Caso Renato Nery – Linha do tempo do crime 141w3w
⚰️ A morte 32q3q
Renato Nery, advogado de 72 anos e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), foi assassinado a tiros ao chegar de carro no escritório dele, em 6 de julho de 2024, em Cuiabá.
O autor dos disparos, que usava uma moto vermelha, foi flagrado por câmeras de segurança antes e durante o crime.
Renato Nery foi socorrido após ser baleado, ou por cirurgia e morreu no dia seguinte.
🧠 Os mandantes 1d1h16
Os empresários de Primavera do Leste, César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, mulher dele, são apontados como os mandantes da morte do advogado e estão presos desde o dia 9 de maio de 2025.
- A principal linha de investigação aponta uma disputa por terras como motivação para o crime
- O casal já tinha sido alvo da polícia anteriormente e usava tornozeleira eletrônica antes da prisão
- Os empresários teriam pago R$ 200 mil ao sargento da Polícia Militar Heron Teixeira para cometer o crime, segundo a polícia.
🔫 Os executores 3b1e48
Heron Teixeira é acusado de contratar o caseiro Alex de Queiroz Silva para executar o advogado.
Além de Heron e Alex, a polícia prendeu 8 suspeitos de participação no plano de execução de Renato Nery 6 PMs. São eles:
- Leandro Cardoso
- Wailson Alesandro Medeiros Ramos
- Jorge Rodrigo Martins
- Wercerlley Benevides de Oliveira
- Jackson Pereira Barbosa
- Nome não divulgado
Um organograma elaborado pelo Primeira Página mostra a divisão de funções entre mandantes, intermediários, executores e os suspeitos de acobertamento. Veja:
Ex-presidente da OAB
Vítima
Mandante
Mandante
Ocultação de provas
Ocultação
Ocultação
Ocultação
Intermediação
Ícaro Nathan Ferreira PM
Intermediação