Em operação conjunta, Denar e PRF apreendem 3,8 toneladas de quadrilha e prendem dois 5bfx
Operação conjunta entre policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) terminou com a apreensão de 3,8 toneladas de maconha em Campo Grande. A carga pertencia a uma quadrilha investigada desde fevereiro por enviar grande quantidade de drogas para outros estados brasileiros. Dois integrantes do grupo foram presos.

O flagrante ocorreu na madrugada de quarta-feira (27), mas as investigações contra a quadrilha começaram em fevereiro, quando as duas equipes policiais apreenderam 5,4 toneladas de maconha e onze veículos, além de prenderem vários envolvidos no crime.
Já naquela época foi constato que os traficantes alugavam depósitos em Campo Grande, onde concentrava a droga vinda do Paraguai em pouca quantidade até ter o “suficiente” para carregar grande veículo e mandar os grandes centros urbanos do país.
Desde então, o grupo é monitorado pelas equipes. Com as investigações, foi descoberta a existência de dois novos depósitos para receber a droga vinda da fronteira, um deles no Jardim Noroeste e outro nas Moreninhas.
Na madrugada de ontem, os policiais vigiavam o imóvel do Noroeste e viram quando um homem de 40 anos deixou o local em um caminhão carregado de paletes. De longe, viram também outra pessoa no local, um rapaz de 26 anos, apontado como “laranja” da quadrilha.
Os policiais acompanharam o caminhoneiro até a MS-040, na saída de Campo Grande para Santa Rita do Pardo e lá abordaram o veículo. Entre os paletes, encontraram vários fardos de maconha. A apreensão somou mais de 3,8 toneladas da droga, que segundo o suspeito, seria levada para São Paulo.

“Laranja” de luxo 322u5n
Com a prisão em flagrante, os policiais das duas instituições continuaram as diligências para prenderam os outros envolvidos. O rapaz de 26 anos, visto no depósito pouco tempo antes, logo foi encontrado. Ele estava em casa, na Vila Silvia Regina, quando recebeu voz de prisão.
Conforme o delegado Hoffman D’Avila Candido de Souza, o rapaz é filho de um dos homens identificados como líderes da quadrilha. Em uma checagem rápida, foi descoberto que o suspeito tinha sete veículos em seu nome, entre eles um Porsche e um Chevrolet Camaro. Na casa em que morava, no entanto, apenas dois Corolla foram encontrados.
Os dois carros foram levados para a delegacia especializada e uma ordem de busca e apreensão emitida para os cinco veículos registrados no nome do suspeito. Para o delegado, as provas apontam que o rapaz servia de laranja para o pai lavar o dinheiro do tráfico. “Os veículos são incompatíveis com a renda dele. Hoje ele não trabalha, não estuda, mora em uma casa humilde”.
Até o momento, as investigações revelaram que a quadrilha é extremamente organizada e cada integrante tem uma função específica. Os dois homens apontados como chefe do grupo foram identificados, mas não tiveram os nomes divulgado. A polícia pediu a prisão preventiva de ambos e por isso eles são procurados.
Para a polícia, são os dois homens quem “bancava” a estrutura da quadrilha. Em Campo Grande alugavam imóveis para reunir a droga, que vinha para a Capital de Mato Grosso do Sul em “pequenas quantidades”. Depois de alguns dias, organizavam a maconha em cargas maiores, carregavam caminhões e pagavam os motoristas para levarem o entorpecente até outros estados.
As investigações continuam para identificar outros integrantes do grupo e evitar que voltem a comercializar drogas. Só com a apreensão desta quarta-feira a quadrilha sofreu um “prejuízo” de R$ 4 milhões.
