Dossiê comprova que nem idosas estão imunes à violência doméstica 6k1y49
Dossiê da mulher campo-grandense, divulgado nesta sexta-feira (8), apresenta dados sobre a violência contra as mulheres na capital de MS 1y514i
Quando o assunto é violência contra à mulher, nem idosas estão imunes à violência. É o que aponta o dossiê da mulher campo-grandense, divulgado nesta sexta-feira (8), pela Subsecretaria de Políticas para a Mulher com base em atendimentos feitos na Casa da Mulher Brasileira e na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.

Segundo o documento, só no ano ado 364 mulheres com 60 anos ou mais buscaram atendimento na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. Boa parte delas vítimas de agressão.
“Quando se fala em violência doméstica contra as mulheres, logo se pensa naquele modelo clássico que ocorre por parte do marido contra a mulher ou do ex-marido, namorado ou ex-namorado. Esses casos predominam entre os registros. No entanto, é importante mencionar e destacar que a violência doméstica contra as mulheres idosas possui uma série de aspectos que o diferenciam do modelo predominante”.
Dossiê Mulher Campo-grandense
Em outras palavras, as mulheres não são agredidas só pelos companheiros. Se tratando especificamente das idosas, filhos, netos e até noras também integram a lista de agressores. Esse vínculo é uma dificuldade a mais para elas buscarem ajuda.
Conforme o documento, são comuns os relatos da dificuldade em romper o ciclo de violência. Dentre as declarações que as atendentes escutam estão:
- “Não me separei até agora, não vou me separar nessa idade”,
- “ Meus filhos não querem que eu me separe!”
- “O que vai ser de uma velha como eu, separada?”
Dossiê Mulher Campo-Grandense 4i6h55
Dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) indicam que 4063 pessoas foram vítimas de violência doméstica no estado do início do ano até agora. Deste total, 3719 são mulheres, incluindo idosas.
Isto quer dizer que, “em quaisquer das formas de relações ou papel social que ocupe (esposa, mãe, avó, irmã, sogra), ela está em situação de vulnerabilidade à violência doméstica”, revela o dossiê.
Outros casos 1z465k
Segundo o relatório, oito mulheres foram assassinadas pelos companheiros no ano ado em Campo Grande, onde foram registradas também 18 tentativas de feminicídio. Também foram contabilizados 6.463 casos de violência doméstica na capital em 2023.
Além disso, foram registrados 573 estupros ano ado, 5.588 ameaças e 533 casos de perseguição.
Segundo a subsecretária de Políticas para a Mulher, essas informações são relevantes para uma reflexão a respeito da complexidade da violência doméstica contra as mulheres, em que uma forma de violência raramente acontece de forma isolada.