Dona de loja de joias presa suspeita de mandar matar advogado desiste de depor 1w201x
Ao contrário do que afirmou no momento da prisão, Julinere não prestará depoimento; defesa alegou abalo psicológico a371h
A empresária Julinere Goulart Bastos, apontada como uma das mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, voltou atrás e decidiu não colaborar com as investigações. O depoimento, que estava previsto para a manhã desta segunda-feira (13), foi suspenso após pedido formal da defesa, que alegou problemas psicológicos e informou que ela optou por exercer o direito ao silêncio.
A manifestação contraria o compromisso assumido por Julinere no momento da prisão, quando havia indicado que colaboraria com a Polícia Civil. O pedido foi aceito pela autoridade policial, e o interrogatório foi cancelado.
Já o empresário César Jorge Sechi, companheiro de Julinere e também apontado como mandante do crime, permaneceu em silêncio desde o início, adotando postura semelhante.

Estratégias de defesa em curso 3v2m72
Presos temporariamente desde sexta-feira (9), o casal é investigado por ter encomendado a morte de Renato Nery em troca de R$ 200 mil, quantia que teria sido paga ao policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, apontado como intermediador do crime. Segundo a investigação, Heron contratou Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro dele, como executor.
Ambos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado — por motivo torpe e com recurso que impossibilitou defesa da vítima — e estão presos preventivamente.
Com a nova postura da empresária, a Polícia Civil a a avaliar se a tentativa de delação ou colaboração será totalmente descartada ou se há possibilidade de retomada após o prazo da prisão temporária.
Investigações continuam 2q3t4z
Embora o inquérito principal tenha sido concluído com o indiciamento dos autores diretos, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um inquérito complementar para esclarecer lacunas como:
• O caminho do armamento usado no crime;
• A origem do pagamento feito aos intermediadores;
• E a participação de outros envolvidos.
Além disso, quatro policiais militares foram indiciados por tentativa de acobertar o crime, ao supostamente forjarem um confronto armado no qual a arma do homicídio foi apresentada como se tivesse sido usada por suspeitos em fuga. Laudos da Politec confirmaram que as armas foram plantadas na cena.

O crime 36r6y
Renato Nery foi morto em julho de 2024, em frente ao escritório onde trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. O advogado, de 72 anos, chegou a ser socorrido e ou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
Ex-presidente da OAB-MT, Renato era conhecido por atuar em causas de regularização fundiária, o que, segundo a Polícia Civil, motivou o crime, relacionado a disputas por terras de alto valor econômico.