Depois de matar o pai e a madrasta, Julio trocou o carro da família por R$ 200 em crack 5j4b3o
Preso, o suspeito confessou o crime. Ele a por audiência de custódia nesta segunda-feira 6ze2v
Depois de ass o pai e a madrasta com golpes de machado e faca, Júlio César de Almeida, de 45 anos, foi até uma “biqueira” de Dourados – cidade a 201 quilômetros de Campo Grande – e trocou o carro da família por R$ 200 em crack. Elaine Chiapetti e João Antônio de Almeida, foram encontrados já sem vida na manhã de domingo (12).
Para a polícia, o assassino afirmou que cometeu o crime porque “sentiu vontade de matar” enquanto estava drogado.

Júlio César já foi preso por furto e roubo e estava evadido do semiaberto. Ele estava apenas há duas semanas na casa do pai, que morava com Elaine e o filho dela, ainda adolescente. Na noite de sábado, 11 de junho, o menino foi dormir na casa da namorada e quando voltou, na manhã de domingo, encontrou a mãe e o padastro mortos.
O adolescente chamou a polícia e contou sobre o enteado da mãe. Revelou que ele estava na casa há alguns dias e que ele não tinha uma boa convivência com Elaine. A polícia começou a investigação e apesar de não encontrar nenhum sinal de arrombamento, percebeu que o Renaul Logan não estava na casa.
Foi graças ao carro, aliás, que Júlio foi parado. Guardas municipais viram o homem ao lado do Logan, em “atitude suspeita” e o abordaram. Descobriram que ele estava foragido e o levaram de volta ao presídio. Ele já estava na unidade prisional quando a Polícia Civil entrou em contato com a guarnição responsável pela prisão e avisou que o suspeito era também o autor de dois homicídios.
Júlio foi levado então para a delegacia. Em depoimento ele confessou o crime. Falou que estava arrependido de matar o pai, mas que a madrasta “não significava nada para ele”.
Ao delegado, Júlio detalhou que morava no quarto dos fundos da casa e horas antes do crime fez uso de crack. Ainda estava sobre o efeito da droga quando “veio na sua cabeça a vontade de matar o pai e a madrasta”. Pegou o machadinho que estava no quintal e uma faca, entrou na casa da família e encontrou o pai no sofá. Matou ele com golpes na cabeça e no pescoço. Depois matou a madrasta no quarto.
Segundo a polícia, João Antônio foi morto com um golpe de machado na cabeça, mas também foi esfaqueado seis vezes no pescoço. A mulher, que estava na cama, tinha três perfurações perto da orelha e lesões de defesa nas mãos.

Para a polícia, Júlio falou ainda que as vítimas estavam acordadas, mas nenhuma delas reagiu ou gritou por socorro.
Que depois do crime, procurou dinheiro pela casa e encontrou R$ 40. Então pegou o carro do pai, foi até uma “biqueira” da cidade, usou o dinheiro para comprar droga e quando acabou, trocou o veículo por mais.
Júlio negociou o carro por R$ 200 em pedras da droga e também quitou uma dívida de R$ 50 com o traficante. Além disso, combinou de pegar parte do dinheiro depois que o Logan fosse revendido no Paraguai pelo dono da boca de fumo, um homem que supostamente seria integrante de uma facção criminosa nascida em São Paulo.
O suspeito contou ainda que foi usar o entorpecente na casa de uma travesti e viu que o Logan estava na garagem da casa dela, mas não deu importância porque estava drogado.
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De madrugada, saiu a pé, foi roubado e agredido por dois viciados. Levaram dele os celulares de Elaine e João Antônio e ainda o feriram com uma garrafa quebrada. Ainda assim, foi até a boca de fumo. Quando saia de lá, foi preso. O carro estava estacionado na rua, mas em depoimento Júlio afirmou que não foi ele quem levou de volta o carro e que não sabe quem foi.
No depoimento, apesar de relatar com detalhes o crime brutal, Júlio afirmou que ou por um “surto, um momento de bobeira”. Preso em flagrante, ele deve ar por audiência de custódia ainda nesta segunda-feira (13). Apesar disso, ele ainda já está preso por ordem judicial feitas nos processos por furto e roubo.