Delegado diz que assessor pagava 4 mil por mês a assassino 4h3q6
Segundo o delegado da DHPP, Hércules Batista Gonçalves, ficou demonstrado nas investigações que Richard e Wanderley tinham um relacionamento de 4 a 5 anos 13q32
O delegado da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá, Hérculis Batista Gonçalves, disse nesta quinta-feira (2) durante coletiva, que o assessor parlamentar, Wanderley Leandro Nascimento da Costa, de 36 anos, pagava cerca de R$ 4 mil por mês para um dos acusados da sua morte.

Wanderley foi encontrado morto dia 20 de fevereiro, na região do Cinturão Verde, na capital, quatro dias após seu desaparecimento. O assessor trabalhava no gabinete do deputado estadual Wilson Santos (PSD).
Os acusados, Richard Estaques Aguiar e Murilo Henrique, foram indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado. O Primeira Página tenta contato com a defesa dos acusados.
De acordo com as investigações, o crime foi motivado por uma vingança dos dois autores porque parentes menores de idade de um dos acusados foram assediados por Wanderley.
Conforme o delegado, a vítima pagava R$ 4 mil por mês ao Richard, como forma de recompensa pela relação. Quando se envolveram, o acusado pela morte tinha apenas 14 anos.
“A investigação demonstra que o relacionamento entre Richard e a vitima era bastante conturbado. Essa relação de receber dinheiro, de utilizar o carro da vítima, de manter relação sexual com ele, era bastante conturbada, e então os dois aderem a ideia [de matar]”.
Conforme a polícia, o assessor parlamentar foi morto por asfixia e os autores usaram uma toalha embebida com álcool.
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Relacionamento com acusados i4y8
Segundo o delegado da DHPP, Hércules Batista Gonçalves, ficou demonstrado nas investigações que Richard e Murilo se conheceram recentemente.
“O Murilo desceu de Sinop para Cuiabá, daí conheceu o Richard. Os depoimentos demonstram que ele foi convidado para se hospedar na casa de Wanderley. Já o Richard alegou que tinha um relacionamento de 4 a 5 anos com a vítima”, disse o delegado.
Conforme o delegado, a motivação tem relação com abuso e exploração sexual de menores. A investigação aponta que o Wanderley oferecia cerca de R$ 100 para os menores manterem relação sexual com ele e que, inclusive, a esposa da vítima tinha conhecimento de relações extraconjugais.
De acordo com o delegado, as investigações não chegaram à conclusão se os integrantes pertenciam a facção criminosa.
Entenda o caso 566u43
As investigações começaram após boletim de ocorrência de desaparecimento, registrado na noite do dia 18 de fevereiro.
Os dois acusados, em posse do veículo do assessor, foram até a casa dele, no Bairro São João Del Rei, e buscaram uma TV de 70 polegadas.
Durante a apuração dos fatos, a polícia recebeu informações de que o veículo da vítima ou em um pedágio, em sentido a Sinop. Com base na informação, foi possível identificar um dos envolvidos no crime.
Os dois foram presos em flagrante e tiveram a prisão convertida em preventiva pela justiça.
A abordagem do primeiro suspeito ocorreu durante uma parada na estrada, na cidade de Terra Nova do Norte, 648 km de Cuiabá. Questionado, ele confessou a autoria do crime junto a um comparsa e indicou o local em que estava o corpo do assessor.
O segundo suspeito apontado como um dos autores do crime estava, no momento da prisão, com a esposa e o filho, na BR-163, em direção a Nova Mutum, depois de ter deixado a cidade em um carro de aplicativo. Antes, eles estiveram em um hotel próximo à rodoviária.
Os dois suspeitos foram encaminhados para as delegacias das cidades onde foram presos. Após serem interrogados, foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver.