Delegado alerta: “perigo não está mais nas ruas, mas dentro do quarto e do celular” 1i6ax
A declaração está diretamente ligada à Operação Mão de Ferro 2, deflagrada pela Polícia Civil em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública nessa terça-feira (27), contra um grupo que cometia crimes virtuais 66y1v
Durante entrevista ao telejornal Bom Dia Mato Grosso, da TV Centro América, o delegado Gustavo Godói Alevado, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), fez um alerta direto a pais e adolescentes: “Não existe anonimato na internet. Tudo é rastreável.”
A declaração está diretamente ligada à Operação Mão de Ferro 2, deflagrada pela Polícia Civil em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública nessa terça-feira (27).
A ação nacional teve como alvo crimes cibernéticos e resultou em 17 mandados de busca, além de prisões e apreensões de adolescentes envolvidos em grupos online que incentivavam a automutilação, compartilhavam material de abuso e exploração sexual infantil e promoviam violência psicológica contra outras vítimas.
Grupos online promoviam automutilação e humilhação 1141k
Segundo o delegado, a investigação revelou a existência de grupos secretos em redes sociais onde adolescentes — e até adultos — incentivavam o corte da própria pele, zombavam das vítimas quando o ferimento era superficial e orientavam como causar mais dor e deixar marcas permanentes.
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Entre os casos mais chocantes, ele citou o de uma adolescente de 16 anos, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, que além de se automutilar, era suspeita de liderar grupos em que recrutava outras vítimas e as ensinava métodos de corte.
“Foi um conteúdo perturbador até para quem está acostumado a lidar com crimes violentos”, afirmou Godoy.
Delegado reforça: monitoramento é responsabilidade dos pais 3nr52
O delegado Gustavo Godoy reforçou que o papel dos pais é fundamental para proteger seus filhos dos perigos virtuais. “Monitorar o que seu filho faz nas redes sociais não é invasão de privacidade. É cuidado, é amor. Existem ferramentas para isso”, disse.
Ele ressaltou ainda que crianças e adolescentes não deveriam ter redes sociais, como previsto nos próprios termos de uso das plataformas. “Muitos pais acham que os filhos estão seguros por estarem em casa, mas o perigo hoje está dentro do quarto, no celular.”
Adolescente de 15 anos era um dos líderes 6z6rb
O adolescente de apenas 15 anos, morador de Rondonópolis, a 218 km da capital mato-grossense, internado em unidade socioeducativa nessa terça (28) durante a operação nacional Mão de Ferro 2 é apontado como um dos líderes do grupo.
De acordo com o delegado Gustavo Godoy da DRCI, o adolescente já foi alvo de buscas no ano ado, após um alerta do Ministério da Justiça. Na primeira operação, a polícia apreendeu dois celulares.
O material foi analisado com autorização judicial e revelou a prática de crimes como perseguição, cyberbullying, apologia ao nazismo, venda de pornografia infantil, falsidade ideológica e organização criminosa.
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Mesmo após a apreensão e os alertas à família, ele voltou a reincidir. Poucos meses depois, uma nova operação – chamada de “Discordância” – identificou que o garoto havia retomado as atividades criminosas, resultando na apreensão de mais um celular.
Mesmo após a primeira denúncia, os pais permitiram que o garoto voltasse a ter o à internet e a novos aparelhos celulares.
Para o delegado, houve negligência dos responsáveis, que já tinham conhecimento das condutas do filho.
Operação em 12 estados e mais prisões 6z2n5u
A operação desta semana teve abrangência nacional, com alvos em 12 estados. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca, duas prisões temporárias de maiores de idade, além de sete internações provisórias de adolescentes.
Entre os presos está um homem adulto em São Paulo flagrado com conteúdo de abuso e exploração sexual infantil. Os envolvidos, em sua maioria, não se conheciam pessoalmente e se relacionavam apenas no ambiente virtual, por meio de perfis anônimos e apelidos.
Investigações continuam 2q3t4z
A polícia continua investigando os celulares apreendidos, que podem revelar outros envolvidos e crimes ainda não identificados. O delegado concluiu com um alerta direto:
“A internet não é terra sem lei. Estamos monitorando. E vamos continuar agindo para proteger nossas crianças e adolescentes.”
