Crime planejado: casal usou redes sociais para criar álibi ao aparecer com bebê roubado 2o5t6z
Em outubro de 2024, homem postou foto de falso ultrassom. Mulher confessou crime. 5a502
Informações apuradas pela Polícia Civil de Mato Grosso reforçam a tese de que Nataly Helen Martins Pereira, 25 anos, e Christian Albino Cebalho de Arruda, 28 anos, estavam construindo um álibi para apresentar o bebê roubado da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, que foi assassinada.

Um vídeo publicado nas redes sociais de Nataly Helen mostra que ela estaria grávida e fez um chá revelação de um bebê do sexo feminino em 10 de julho. (Confira abaixo). Nataly e Christian são pais de três meninos.
Na gravação, é possível ver a felicidade do casal al descobrirem que serão pais de uma menina. Conforme uma amiga da família, o homem estava muito emocionado com a gravidez de Nataly.
“Todo mundo tinha certeza que ela estava gestante. O marido estava radiante, todo mundo tinha certeza que ela estava esperando a primeira menina. Estava muito feliz, fez o chá revelação e tudo”, afirmou a testemunha que não quis se identificar mas disse que conhece a família há 15 anos.
Nas redes sociais, no dia 30 de outubro, o chef de cozinha chegou a postar uma imagem de um ultrassom. No entanto, a fotografia foi retirada da internet, e trata-se de uma imagem divulgada por uma clínica do Rio de Janeiro.

A narrativa continuou, até a noite dessa quarta-feira (12), quando segundo a amiga da família de Nataly, recebeu uma mensagem de que ela já teria dado a luz no hospital Santa Helena.
“Ontem à noite, até às 23h, conversamos sobre a gravidez, como ela estava e como havia sido o parto. Ela mencionou que estava bem, brincando, e que nunca havia sentido tanta dor. Eu comentei que isso era normal para quem tinha acabado de ter um bebê. Ela ainda brincou, dizendo com quem a neném se parecia”.
A polícia diz que Nataly chegou ao hospital Santa Helena no período da tarde já com o bebê nos braços, com a intenção de realizar a certidão de nascimento.
Após a realização do exame beta HCG, que não apresentou sinais de puerpério, a equipe de saúde decidiu acionar a polícia. Durante a madrugada, tanto ela quanto o marido, Christian, foram presos.
A emboscada 54n49
Emilly estava desaparecida desde a tarde dessa terça-feira (12), quando saiu de sua casa em Várzea Grande para buscar doações de roupas na casa da suspeita, em Cuiabá, no bairro Jardim Florianópolis.

Ela vinha conversando com Nataly há alguns dias, acreditando que receberia doações de roupas para sua bebê. No dia do crime, a mulher enviou um carro de aplicativo para buscar a adolescente e levar até o local do crime.
A jovem desapareceu por volta das 11h30 da quarta-feira (12).
Requintes de crueldade 4m7016
Na residência dos investigados, a polícia encontrou o corpo de Emilly enterrado em uma cova rasa, com parte da perna visível.

A análise do corpo revelou que Emilly foi morta por enforcamento, esganadura e asfixia, com cabos de internet enrolados no pescoço, mãos e pernas, além de um saco plástico na cabeça.
O perito Luis Paoli, da Politec, descreveu a cena como “uma das mais cruéis e difíceis de processar”.
“Tenho 12 anos de perícia local e foi uma das reações mais difíceis que tive para me conter, da emoção de ver uma menina de 16 anos com o abdômen aberto, mãos presas nas costas, asfixiada”, relatou Paoli, visivelmente abalado. “De todas as situações que convivi, essa foi uma das cenas mais cruéis e difíceis de processar”.

Os detalhes da cena, revelados pelo perito, são estarrecedores: “Ela foi asfixiada, teve o abdômen aberto e a criança retirada. Ela estava amarrada com as mãos para trás com os pulsos quebrados”.
A jovem estava amarrada com as mãos para trás e com os pulsos quebrados, demonstrando a violência extrema utilizada pelos criminosos.
Investigações continuam 2q3t4z
As investigações da DHPP continuam para apurar a participação de cada um no crime e a possível participação de outras pessoas.
Até o momento quatro pessoas foram presas, o casal e mais dois homens. (Vídeo abaixo mostra prisão de dois dos quatro suspeitos).
Os investigados podem responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e outros crimes.
“Foi um crime gravíssimo, que foi rapidamente esclarecido pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, que contou com apoio fundamental da equipe hospitalar, que imediatamente identificou que havia algo errado e acionou a polícia”, disse o delegado titular da DHPP, Caio Fernando Albuquerque.
O que diz a defesa 1y122s
A defesa de Nataly informou que está tomando conhecimento dos detalhes do caso, e deve se manifestar em breve.
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