Carro que atropelou e matou jovem estava a quase 90 km/h 11266g
No local do atropelamento foram realizados exames no corpo da vítima para identificar as lesões externas 271t1c
Laudo da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) aponta que o carro que atropelou e matou o jovem Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa, de 21 anos, na avenida Beira Rio, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, no dia 2 de setembro estava a uma velocidade de 88 km/h.
O laudo elaborado pela Gerência de Perícias de Crimes de Trânsito da Politec partiu das análises dos vestígios contidos no local, evidenciando e materializando o crime, fornecendo a dinâmica dos fatos, bem como apontando o responsável pelo atropelamento.
A perícia apontou que a responsabilização pela causa do acidente deve ser atribuída ao motorista do veículo, porque ele tinha plenas condições de visualizar a vítima no local, mas não realizou nenhuma ação no sentido de evitar o atropelamento, nem de reduzir a velocidade excessiva em que trafegava.
No local do acidente não foi encontrada nenhuma marca de frenagem do veículo. O laudo aponta também que o motorista parou o veículo, momentaneamente, cerca de 80 metros à frente do local do atropelamento e, em seguida, foragiu do local, sem prestar socorro à vítima.
No local do atropelamento foram realizados exames no corpo da vítima para identificar as lesões externas, localização das marcas de impacto, analisar a cor e os estragos da roupa.

Sobre a pista foram encontradas partes do retrovisor, da moldura do farol e do parachoque dianteiro, nos quais foi possível identificar, além da cor, a marca do veículo. Também foi localizado o ponto em que a vítima caiu no chão, após ser arremessada pelo carro, bem como marcas de deslizamento até o ponto em que o veículo parou. Do confronto e análise desses elementos materiais, foi possível aos peritos determinar a localização do local exato de atropelamento, dentro da faixa de rolamento da rua.
O parachoque dianteiro, com a placa do veículo atropelador, foi encontrado, naquela mesma noite, em uma das ruas do bairro vizinho e encaminhado pela delegacia para análise pericial, na qual, constatou-se a compatibilidade do mesmo com as peças e fragmentos coletados na cena do crime. Na extremidade direita do parachoque visualizou-se uma marca de impacto com estampagem de tecido na cor azul, compatível com a calça jeans azul que a vítima usava.
Os peritos constataram ainda que, apesar de o acidente ter ocorrido no período noturno, a visibilidade da rua e do pedestre não se encontrava prejudicada pois o local era bem iluminado.
Conforme consta no laudo de local, a vítima não adentrou à via de forma inadvertida ou inopinada. Frederico estava parado no início da faixa de rolamento e o motorista possuía condições de visualizá-lo a tempo de desviar o veículo para a faixa ao lado, que encontrava-se livre.
As peritas responsáveis pelo laudo afirmaram à Polícia Civil que não é possível identificar as pessoas que estavam dentro do carro porque a qualidade das imagens das câmeras de segurança são de baixa qualidade.
Entretanto, foi possível observar que, no intervalo de sete segundos, visualiza-se o movimento de uma mancha em tom escuro, próximo ao parabrisa do veículo, porém não foi possível especificá-la. E que em dois intervalos do vídeo, foram visualizadas três claridades, próximo à janela anterior esquerda do veículo, contudo, não foi possível identificar suas origens.
O crime 36r6y
Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa era irmão do adolescente que namorava a acusada de matar Isabele Guimarães em julho de 2020, no condomínio Alphaville, na Capital. Segundo a polícia, Frederico buscou a arma usada no assassinato logo após o crime.

Ele estava ao lado de um veículo estacionado e um outro carro ou e o atropelou. O motorista fugiu do local, sem prestar socorro. A vítima morreu no local.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o jovem é atropelado na avenida Beira Rio. As imagens mostram o rapaz ando em frente a um veículo, em direção à rua, e depois o atropelamento.
O dono do veículo ou o número da placa e a equipe conseguiu localizar o para-choque próximo da avenida Beira Rio.
A perícia técnica confrontou o para-choque com os vestígios encontrados no local do acidente e constatou que se tratava do mesmo veículo.
Em seguida, a polícia tentou contato com o dono do veículo, por telefone, e foi até o endereço que consta em sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação), mas não o localizou.
Uma investigação da polícia apontou que o veículo envolvido no acidente era dirigido pelo próprio dono, e a versão de que o carro estava emprestado era falsa.