Campanha em Sorriso burlou teto de gastos, diz PF; veja como operava o esquema 6p72l

Esquema envolvia empréstimos de valores elevados por meio de empresas ligadas aos investigados 19346

Um esquema de financiamento clandestino de campanha, com uso de laranjas, triangulação entre candidaturas e dinheiro vivo, resultou no indiciamento de 17 pessoas pela Polícia Federal em Sorriso. A investigação, que faz parte da segunda fase da Operação Rustius, aponta que a estrutura foi criada para burlar o teto de gastos nas eleições de 2024. Entenda como funcionava o esquema.

A operação cumpriu, além dos indiciamentos, três mandados de busca e apreensão no município, nessa terça-feira (20). Entenda como funcionava o esquema.

Entenda como funcionava o esquema de "Caixa 2" investigado pela PF em Sorriso. (Foto: Reprodução)
Investigados teriam montado uma estrutura para ocultar doações e esconder gastos da campanha. (Foto: Reprodução)

Esquema teria desviado recursos para burlar o sistema eleitoral 1u1cm

De acordo com a Polícia Federal, os investigados teriam montado uma estrutura para ocultar doações e esconder gastos da campanha que, se declarados, extrapolariam o teto permitido pela Justiça Eleitoral.

O esquema envolvia empréstimos de valores elevados por meio de empresas ligadas aos investigados. Para evitar o rastreamento, o dinheiro era dividido em quantias menores e reado para contas de terceiros, usados como laranjas, que então faziam doações registradas como se fossem legais.

“Essas transferências simulavam doações oficiais, mas eram, na verdade, uma forma de injetar recursos ilícitos na campanha”, explicou o delegado responsável pela investigação.

🔍 Esquema de “caixa 2” em Sorriso k1a5y

💸 Triangulação e laranjas 5i1v6i

Empresas ligadas aos investigados emprestavam valores altos, que eram fracionados e reados a terceiros (laranjas). Esses laranjas faziam doações simulando legalidade.

🔁 Campanhas cruzadas 235t2u

Cabos eleitorais do candidato a prefeito apareciam na prestação de contas de vereadores aliados, ocultando gastos da candidatura majoritária.

💵 Dinheiro vivo 29n6e

Parte dos serviços de marketing e pesquisas foi paga em espécie, sem declaração à Justiça Eleitoral.

🏢 Empresas de fachada 5g1i3g

Pessoas jurídicas teriam sido usadas para camuflar doações ilegais, configurando possível abuso de poder econômico.

📍 A operação resultou no indiciamento de 17 pessoas. Um dos principais alvos foi Nei Francio, aliado do prefeito eleito. O caso está com o Ministério Público Eleitoral.

Triangulação entre campanhas 2k6b6c

Outro ponto apontado pela PF foi a prática de triangulação entre candidaturas. Cabos eleitorais que trabalharam diretamente para o candidato a prefeito foram declarados na prestação de contas de campanhas de vereadores aliados, o que permitiu mascarar os gastos da candidatura majoritária.

“Esse mecanismo permitia que o valor real gasto na campanha para a prefeitura fosse subnotificado, dificultando a fiscalização e o controle eleitoral”, destacou o delegado da PF Tiago Pacheco.

Dinheiro vivo e serviços não declarados 1h6c6p

Além disso, parte dos pagamentos teria sido feita em dinheiro vivo. Empresas contratadas para prestar serviços de pesquisas e marketing político também não tiveram os contratos declarados.

A PF apura ainda o uso de pessoas jurídicas como fachada para realizar doações ilegais, o que pode configurar abuso de poder econômico.

Investigado é um dos principais aliados do prefeito eleito 606a5r

Um agricultor de 57 anos, identificado como Nei Francio, é apontado como o principal alvo da Operação Rustius. Nei Francio é um dos principais apoiadores de Alei Fernandes (União Brasil).

Durante as investigações foram apreendidos R$ 300 mil que estavam sendo transportados por Francio na BR-163, em Sorriso, no dia 3 de outubro.

Denúncia partiu de adversário político 4c3962

A investigação foi aberta após denúncia do ex-candidato Leandro Damiani, que perdeu a eleição para Alei Fernandes. Ele acusou o adversário de abuso de poder econômico e captação ilícita de votos.

Segundo a PF, há fortes indícios de que a campanha foi abastecida por recursos não declarados, o que pode comprometer a lisura do processo eleitoral.

O inquérito já foi enviado ao Ministério Público Eleitoral. Os investigados podem responder por crimes como peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e abuso de poder econômico.

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