Bustamante: bandidos deixaram "novo cangaço" e agora focam em crimes virtuais em MT 36575x
Quadrilhas que antes cometiam roubos e outros crimes em Mato Grosso mudaram de “modalidade” e aram praticar delitos virtuais. A constatação é do titular da Segurança Pública estadual, Alexandre Bustamante. Segundo ele, organizações criminosas aram a evitar o confronto policial, como ocorria nos assaltos a banco, feitos na modalidade “novo cangaço”.

Dados divulgados pela Polícia Civil em fevereiro mostram que crimes virtuais causaram prejuízo superior a R$ 1 milhão.
“Há pouco tempo o enfrentamento a assaltos a banco, na modalidade ‘novo cangaço’, teve sucesso e hoje em dia o grande produto dos criminosos são os crimes pela internet, e esse é um produto novo para a Segurança Pública, já que a internet não tem muito tempo [de existência]”, disse Bustamante.
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Em entrevista nesta terça-feira (26) ao programa Primeira Página, da Centro América FM, Bustamante avaliou que o combate ao crime organizado é, de certa forma, um trabalho contínuo e de difícil controle. Para ele, as facções criminosas buscam sempre inovar e surpreender, criando ramificações internacionais.
“O crime organizado é uma máquina. Eles abrem uma porta, a gente tenta obstruir, mas muitas vezes abrem outras porque é um produto que dá dinheiro. Mas não é uma exclusividade brasileira e nem de Mato Grosso. Tem a Yakuza no Japão, por exemplo, e isso não significa que não há combate ao crime”, disse.
Acerto de contas 2y6d25
Bustamante também comentou sobre crimes praticados entre os próprios membros das facções, Execuções como forma de acerto de contas têm sido registradas pela Polícia Civil.
“É inevitável. Não tem como a gente evitar que o crime organizado se digladie. A gente consegue já demonstrar que realmente muitos crimes são acertos entre fracções. Falta uma solução, mas o estado tem trabalhado muito, diminuindo o poder das forças criminosas, aprendendo a maioria das lideranças. Mas eles ficam nessa briga externa”, completou.
Entre as ações para fortalecer a Segurança Pública, o secretário citou a abertura da licitação para compra de 15 mil câmeras de videomonitoramento, que vão custar R$ 65 milhões. O prazo para envio de propostas foi aberto nessa segunda-feira (25) e segue até às 8h do dia 5 de maio.
“[As câmeras] são para que a gente faça um controle sistemático das rodovias, dos entornos e das cidades. Com isso, a gente tem um controle maior, inclusive de recuperação de veículos roubados, que são levados à Bolívia para trocar por drogas e armas”.