Bandido ligado a facção é procurado por planejar atentado a delegada de MS 262l
Apontado como o responsável por planejar um atentado contra a delegada de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e como um dos principais nomes da maior facção criminosa atuante no Brasil, dentro e fora dos presídios, Israel Soares Benedito, de 44 anos, é caçado pela Polícia Federal e pode estar escondido na Bolívia, país que faz fronteira com o Brasil por Mato Grosso do Sul.

O nome de Israel, conhecido mesmo como “Maguila”, foi revelado pelo jornalista Josmar Jozino, colunista do portal UOL, nesta segunda-feira (26).
Segundo o texto, o faccionado não aparece em listas oficiais de procurados, mas já é considerado um dos principais líderes do grupo criminoso e um dos mais perigosos do país. Isso porque Maguila é apontado como o “elo essencial” na estrutura da facção no Paraguai, país que faz fronteira seca com Ponta Porã – a 295 quilômetros de Campo Grande.
Essa presença na fronteira de Mato Grosso do Sul fez com que planejasse atentado contra a delegada, que atua na Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), unidade responsável por ofensivas contra o crime organizado, que tem feito ações para combater a utilização de aeronaves pelas quadrilhas.
Segundo o colunista, Israel Soares Benedito foi quem tentou colocar uma bomba no carro de Medina e tramar o sequestro de uma pessoa da família dela.
Os crimes foram frustrados em uma ação conjunta entre a Polícia de Mato Grosso do Sul e a polícia do Paraguai. O monitoramento para proteção da autoridade policial continua.
Na fronteira, Maguila também é investigado por resgatar integrantes importantes da facção de um presídio no país vizinho. Por esse motivo, o nome dele foi divulgado em um alerta feito pelas autoridades paraguaias como o principal chefe do grupo criminoso, com nome, filiação, data de nascimento, número da carteira de identidade e foto.
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Enquanto isso, no Brasil, o faccionado só começa a aparecer em agosto deste ano. Relatórios produzidos durante investigações da Polícia Federal e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) citam que Maguila esteve envolvido no plano de resgate a integrante da cúpula de poder da facção desmantelado pela Operação Anjos da Guarda.
A ideia da fuga em massa, conforme descoberto, partiu de ninguém menos que Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da máfia. O planejamento da ação contou com advogados e criminosos, presos e soltos, e acabou sendo frustrado. Antes que colocassem em prática, o grupo foi descoberto e preso pela polícia.
O suspeito também já foi “jurado de morte” pela facção, depois de ter o nome ligado aos assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue e Fabiano Alves de Souza, o Paca. A dupla foi executada em fevereiro de 2018, na aldeia indígena de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
Na época, ele foi condenado a morte pela própria facção por participar do crime e chegou a ter a foto e o nome divulgados em um comunicado sobre a “sentença”, mas nunca foi encontrado indício da participação dele.
As investigações comprovaram que a execução dos líderes da facção partiu de Gilberto Aparecido dos Santos, vulgo “Fuminho”, preso em Moçambique em abril de 2020, após ficar foragido por mais de duas décadas. Ele era responsável pelo envio de drogas para vários países da Europa e África e coordenava tudo isso da Bolívia.
É lá que a polícia suspeita que Maguila está. Aliás, a principal suspeita é que ele tenha assumido o lugar de Fuminho na Bolívia e hoje controla a venda ilegal de cocaína para fora do país. As últimas informações são de que o líder do grupo criminoso tentou fazer um aporte com nome falso no país vizinho para fugir até Portugal, onde a facção começa a se estabelecer.