Associações de delegados e promotores destacam vitória no 1° júri da Omertà 4xq4p
Emblemático, julgamento entrou para a história do judiciário sul-mato-grossense 50t5z
A Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Estado) e a ASMMP (Associação Sul-Mato-Grossense dos Membros do Ministério Público) destacaram atuação dos delegados e promotores no maior júri da década que resultou na condenação dos três réus acusados de arquitetar a execução do estudante Matheus Coutinho Xavier em abril de 2019.

Após mais de 30 horas de julgamento, feito em três dias, o empresário Jamil Name Filho, o ex-capitão da Polícia Militar Marcelo Rios e o policial aposentado Vladenilson Olmedo foram condenados a mais de 60 anos de prisão se as penas forem somadas.
Os delegados que fizeram parte da força-tarefa para dar andamento ao caso, Daniela Kade, João Paulo Sartori, Carlos Delano e Tiago Macedo, foram ouvidos pelos jurados e confrontados pela defesa do trio de acusados.
“O resultado apresentado à Justiça conteve veementes provas indiciárias, testemunhais e técnicas, coletadas mediante um trabalho de investigação policial firme, coeso, corajoso e altamente especializado, e foi essencial para o posterior bom desenvolvimento da ação penal”, diz a nota da Adepol.
“Demonstra de forma cabal à toda comunidade jurídica e acadêmica brasileira que o inquérito policial não se trata de uma mera peça informativa dispensável, mas sim de um relevante compêndio de elementos de convicção a influenciar decisivamente no julgamento dos jurados, em crimes dolosos contra a vida e dos magistrados, nos demais crimes”, completa.
Por fim, parabeniza a atuação do juiz Aluízio Pereira dos Santos, bem como da promotoria, advogados e jurados. Na mesma esteira a ASMMP saudou os promotores que estiveram a frente do caso: Gerson Eduardo de Araújo, Moises Casarotto, Luciana do Amaral e Douglas Oldergado.
“O resultado, além de comprovar o comprometimento dos membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul com a promoção da Justiça e busca incessante pelo bem-estar da sociedade, demonstra a força e a importância do trabalho integrado entre todos os agentes de segurança pública”, diz a nota.
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Os três acusados foram condenados, Jamilzinho por ser mandante e os outros dois, Rios e Vlade, por arquitetarem a execução que, segundo a investigação, seria de Paulo Xavier, porém acabou vitimando fatalmente o filho, Matheus, que manobrava o carro do pai no momento do assassinato.
Penas 52l9
Jamil Name Filho: 23 anos e 6 meses de reclusão por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e posse ilegal de arma. Ele foi absolvido pela receptação do veículo usado pelos pistoleiros.
Marcelo Rios: 23 anos de prisão, pelo homicídio duplamente qualificado, posse ilegal de arma e receptação.
Vladenilson Olmedo: 21 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e posse ilegal de arma. Foi absolvido pelo crime de receptação.