Artistas pedem justiça por Jonir Figueiredo, internado após sofrer agressão 5s2j2g
Nesta segunda-feira (16), artistas se reuniram em frente a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e com cartazes nas mãos chamaram atenção para a situação Jonir, que desde o dia 13 de janeiro está no hospital com coágulos na cabeça após uma agressão 1s1p73
Mato Grosso do Sul foi surpreendido no fim de semana com a notícia de que o artista plástico Jonir Figueiredo, de 71 anos, está internado em consequência de agressões que sofreu na véspera do Natal de 2022. Enquanto ele se recupera na Santa Casa, um grupo de amigos se une do lado de fora para pedir ajuda a um dos mais importantes nomes do meio no Estado.

Nesta segunda-feira (16), artistas se concentraram em frente a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e com cartazes nas mãos chamaram atenção para a situação Jonir, que desde o dia 13 de janeiro está no hospital com coágulos no cérebro.
As agressões ao artista, no entanto, foram bem antes disso. A história ainda guarda muitos detalhes que não foram esclarecidos. Mas a versão principal é contada pelo próprio artista plástico, em um boletim de ocorrência registrado na noite do dia 24 de dezembro, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.
Na delegacia, o artista explicou que na véspera de Natal foi a um bar da cidade e lá, encontrou alguns amigos. Entre elas, uma colega de longa data, que estava acompanhada do namorado. Segundo Jonir, os dois acabaram discutindo, mas a briga evoluiu para agressão.
Aos 71 anos, Jonir alega que foi violentamente espancado. Naquele dia, ele conseguiu chegar em casa com ajuda de amigos, mas as lesões fizeram com que ele desmaiasse. Consta no registro policial que o artista ou três dias desacordado, sozinho em casa. Por isso só conseguiu procurar a polícia quase cinco dias depois.
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No dia em que foi a delegacia, o estado de saúde do artista era bem diferente de agora. Ela entrou andando a unidade, contou o que havia acontecido e saiu de lá com uma requisição para fazer corpo de delito, por isso, o caso foi registrado como lesão corporal dolosa. No boletim de ocorrência sobre o caso, a vítima informou que a agressão teria ocorrido no dia 24, mas segundo testemunhas o crime ocorreu no dia 20, conforme o delegado responsável pelo caso.
O ano virou, 2023 começou e treze dias depois, Jonir foi internado. Conforme apurado pela reportagem, primeiro o artista procurou uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande, de lá foi transferido para a Santa Casa. Aos amigos, contou que o diagnóstico é de coágulos no cérebro, consequências das agressões de quase vinte dias antes.
Nesta segunda-feira, o boletim médico do hospital diz apenas que Jonir está na enfermaria, consciente e em observação neurológica.
A investigação l734c
O caso de Jonir é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Ao Primeira Página, o delegado Giulliano Carvalho Biacio revelou que até o caso ganhar repercussão, a polícia não havia sido avisada sobre a internação do artista. Por isso, na manhã desta segunda, investigadores da unidade foram até o hospital para conversar com a vítima e entende a gravidade das lesões. “Precisamos confirmar a gravidade, para direcionar o curso da investigação”.
Isso é importante porque conforme a gravidade do ferimento causado pela agressão, se define o crime e a pena que o autor pode pegar, caso seja condenado pela justiça. Além disso, o delegado pediu ao Imol o laudo do corpo de delito feito pelo artista no dia em que procurou a polícia.
Testemunhas do crime também foram chamadas, entre elas a dona do bar em que a discussão aconteceu. A intenção é entender como a confusão começou. Para amigos, a briga foi motivada por ciúmes do suspeito da relação entre a namorada e Jonir.
Para entender o caso, a reportagem entrou em contado com o casal. A amiga de Jonir quem respondeu as mensagens. Ela contou que conhece o artista a mais de 25 anos e por consideração, não falou sobre o caso até agora. Apesar disso, ela reforçou que as histórias divulgadas nas redes sociais nos últimos dias não retratam o que realmente aconteceu. “Tinham mais de 40 pessoas de testemunha. Mas tudo que eu quero é a recuperação dele”.
Assim como o companheiro, ela deve prestar depoimento nos próximos dias.