Após 5 anos, Cassilândia volta ao mapa de feminicídios com a morte de Thácia a5n3l

Corpo da vítima foi encontrado no rio Aporé, depois de 3 dias desaparecido 613b4b

1642 dias. Esse foi o tempo que os moradores de Cassilândia não vivenciavam o crime de feminicídio, que voltou a ser registrado na cidade, de poucos mais de 21 mil habitantes, nesta quarta-feira (14). Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, foi encontrada morta no rio Aporé, após ficar 3 dias desaparecida. O marido dela, Andreyko Vannutty de Assis Machado, de 43, foi preso preventivamente nessa terça-feira (13).

Feminicídio
Thácia Paula Ramos de Souza é a 9ª vítima de feminicídio em MS e a 1ª em Cassilândia após 5 anos (Foto: Rede Social)

Tudo começou na segunda-feira (12), quando a mãe da vítima procurou a delegacia para registrar o sumiço da filha. Na unidade, ela contou que Thaciaa foi vista pela última vez na madrugada de domingo (11), acompanhada do marido em uma festa. 

Antes de irem embora, o casal discutiu por ciúmes e deixou o local. Depois disso, a vítima não havia desaparecido. Ainda durante o domingo, Dia das Mães, o filho de Thácia estranhou não ter recebido respostas quanto à felicitação enviada por aplicativo de mensagens, e alertou a avó. 

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Depois do registro policial, investigadores aram a procurar pela mulher. Na beira do rio, foram encontrados um brinco e um pé de sapato pertencentes à vítima, além de uma grande mancha de sangue. 

No carro do autor, mais indícios mostravam que no veículo havia sangue. Por isso, o automóvel acabou apreendido após decisão da Justiça. Já Andreyko, ao ser preso preventivamente, confessou informalmente que discutiu com a mulher e a agrediu. 

Porém, disse que em uma luta corporal entre o casal, Thácia havia caido no rio e sumido. Nesta quarta-feira, militares do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo da vítima, que ará por exame necroscópico pela perícia. 

feminicídio
Corpo de Bombeiros e Polícia Civil às margens do rio onde a vítima de feminicídio havia desaparecido (Foto: CBMMS)

16º no ranking feminicídio em  MS 1a171t

Mesmo sem registrar nenhum caso de feminicídio nos últimos 5 anos, Cassilândia figura, atualmente, a 16ª posição entre os 66 municípios que já registraram o caso desde 2015, quando os dados aram a ser contabilizados. Os dados são do Monitor de Violência Contra a Mulher, do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

No último registro da cidade, uma mulher foi morta pelo ex-marido, no dia 14 de novembro de 2020, que invadiu a casa onde estava. Em seguida, o autor se deslocou para uma rodovia estadual da região e tirou a própria vida, após bater de frente com um caminhão. 

A lista dos 10 municípios de Mato Grosso do Sul com mais casos nos últimos 10 anos são:

  • Campo Grande – 81 casos
  • Dourados – 31 casos
  • Três Lagoas – 27 casos
  • Ponta Porã – 13 casos 
  • Amambai – 10 casos 
  • Costa Rica – 8 casos 
  • Paranaíba – 8 casos
  • Rio Brilhante – 7 casos 
  • Sidrolândia – 7 casos

Entre os 4 municípios mais populosos do estado, apenas Corumbá não entra nesta lista, mas ocupa a 11ª posição, com também 7 casos. 

Somente em 2025, MS já contabiliza 9 casos de feminicídios ocorridos em: Campo Grande (2), Água Clara, Caarapó, Cassilândia, Dourados, Juti, Nioaque e Sidrolândia. Os 7 municípios registraram 1 crime cada. 

Além disso, no ano ado, nenhum feminicídio foi registrado em Mato Grosso do Sul, no mês de maio. Neste ano, fevereiro segue sendo o mês mais violento para as mulheres, com 5 ocorrências. 

Denuncie 53e2p

⚠️ Violência doméstica, seja psicológica, física ou verbal, é crime! Saiba como denunciar:

  • Emergências: se a agressão estiver acontecendo, ligue no número 190 imediatamente;
  • Denúncias: ligue para o número 180. O serviço de atendimento é sigiloso e oferece orientações para denúncias sobre violência contra mulheres. O telefonema pode ser feito em qualquer horário, todos os dias. Também é disponível um WhatsApp – (61) 9610-0180;
  • Perigo: procure a delegacia mais próxima e acione a polícia, por meio do 190.

Em Mato Grosso do Sul, as denúncias de violência de gênero podem ser feitas de maneira on-line. Clique aqui e faça a denúncia.

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