Água Clara recebe capacitação para rede de proteção às mulheres 534k1y
A ação é para fortalecer essa rede de apoio às vítimas de violência contra a mulher; nos meses de junho e julho, 36 medidas protetivas foram registradas na cidade 3p3qv
O município de Água Clara, a 181 km de Campo Grande, desde segunda-feira (7), está sediando uma capacitação para fortalecer a rede de proteção à violência contra mulher. Nos meses de junho e julho deste ano, foram registradas mais de 30 medidas protetivas.

Além de Água Clara, outras cidades da região também participam do evento que é para formar essa rede de proteção às vítimas de violência contra a mulher, assim como garantir a segurança delas e a punição dos agressores.
Um dos palestrantes é o juiz de Água Clara, Eduardo Augusto Alves. Segundo ele, a importância da capacitação é para acabar com a desigualdade de gêneros.
“É a fonte central desse alto índice de violência doméstica que nós temos em MS e em todo o Brasil, fortalecer os vínculos intersociais, intersetoriais e interinstitucionais. O judiciário também está participando para garantir, principalmente, a celeridade das medidas protetivas. Nós, todos os dias, deferimos medidas protetivas”, declara o juiz.
Em junho e julho deste ano, no município de Água Clara, foram registradas 36 medidas protetivas. No mesmo período do ano ado, 51.
“Infelizmente, é um número alto para uma população ainda inferior a dezessete mil habitantes. Já houve uma redução do ano ado para cá, justamente em virtude da boa ação da rede de proteção do judiciário, da polícia judiciária, do Ministério Público, da Polícia Militar”, completa o juiz.
Promuse 3586n
Depois dessa capacitação será instalado na cidade o Promuse (Programa Mulher Segura) da Polícia Militar. Conforme a coordenadora da ação, capitã Bruna Carla, o objetivo é mais técnico e especializado.
“Uma das metas é levar para o interior de MS. A gestão de Água Clara está preocupada com a violência doméstica na cidade. Então nós vamos fiscalizar as medidas protetivas e fazer visitas técnicas, ver se o autor está cumprindo ou não a medida protetiva”, explica a militar.

Diferentemente do que era feito, o Promuse quer garantir a confiança das mulheres com os policiais militares.
“E levar também informação, encaminhar para Defensoria Pública, assistência social, psicólogos, e para essas mulheres se tornarem confiantes em relatar. Vai ter ainda palestras, todos atuando no setor de prevenção. O crime de violência não é mais socialmente aceito. É preciso denunciar”, destaca a capitã.