Acidente com 6 mortes na BR-163 impôs força-tarefa no Imol para liberar corpos 61345
Diante da proporção do acidente, a perícia no local contou com o um drone para conseguir captar vestígios de frenagem e traçar o que realmente aconteceu 1033x
O Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) em Campo Grande precisou concentrar as equipes de peritos-médicos legistas e agentes de polícia científica em uma espécie de força-tarefa para conseguir identificar e liberar, no menor tempo possível, os corpos das seis vítimas do acidente entre quatro veículos – duas carretas, um caminhão-baú e um carro de eio – ocorrido na quarta-feira (10 de abril) na BR-163.

As vítimas foram identificadas como:
- Daniel Azambuja Alves | Carro de eio
- Fernanda Lopes Ritter | Carro de eio
- José Lucas Verus de Albuquerque | Carreta que transportava porcos
- Jefferson Brunetto | Carreta que transportava porcos
- Ezequiel Nordt | Carreta que transportava grãos de milho
- Ednaldo Ramos dos Santos | Caminhão-baú
Todas as vítimas aram por exame necroscópico, foram identificadas e liberados para as famíliares cuidarem dos funerais.
“Esforços conjuntos das equipes de peritos-médicos legistas e agentes de polícia científica garantiram o cumprimento da demanda ontem (10), cumprindo nosso papel, buscamos minimamente levar alívio às famílias enlutadas.”
Nota do Imol ao Primeira Página
Quatro médicos legistas trabalharam nos exames necroscópicos, além de um técnico em necropsia e dois agentes de polícia científica.
Fernanda e Daniel eram de Campo Grande e foram sepultados nesta quinta-feira na capital; Ezequiel Nordt era de Santa Catarina, mas não há informações sobre seu velório.

Acidente 4i26r
A tragédia na BR-163 aconteceu nas primeiras horas de quarta-feira (10). Segundo o delegado Willian Rodrigues de Oliveira Júnior a batida teria ocorrido porque a carreta com porcos teria forçado uma ultraagem.
No local do acidente, a destruição dos veículos dificultou até mesmo na contagem das vítimas; a última delas foi retirada das ferragens só no fim de tarde desta quarta-feira. A rodovia em si só foi liberada nesta quinta-feira (11), depois que o último veículo foi retirado.

Diante da proporção do acidente, a perícia no local contou com o um drone para conseguir captar vestígios de frenagem e traçar o que realmente aconteceu. Como explica o Emerson Lopes dos Reis, diretor do Instituto de Criminalística.
“O uso de drones da perícia, sobretudo em locais abertos, como é o caso dos acidentes de trânsito, ele constitui um ferramental muito importante porque ele dá ao perito a possibilidade da visão que ele não teria em solo, uma vez que o drone sobrevoa e faz as imagens do alto. Com isso facilita muito a identificação de vestígios, a identificação da dinâmica do acidente. O perito pode ainda fazer um mapeamento aéreo, fazer uma reconstrução por aéreo fotogrametria, de forma que ele consegue ter toda a sua cena de forma reconstruída em três dimensões, toda em escala. Com isso ele consegue tirar todas as medidas que ele precisa do local através do mapeamento aéreo fotogramétrico, além de trazer uma maior qualidade na visualização da cena do acidente, para que ele possa realizar a sua análise e chegar às conclusões de quem deu a causa do acidente”.
Emerson Lopes
Todas as provas serão readas a Polícia Civil, que investiga as causas do acidente.